044: AQUI É GIBI
filmes que não se dizem quadrinhos | minha semana | capitalismo | páginas viradas
A Sony deu a largada para a divulgação de AQUI, filme que marca o reencontro entre os atores Tom Hanks e Robin Wright – o par romântico de FORREST GUMP – com o diretor Robert Zemeckis e o roteirista Eric Roth, exatamente trinta anos depois do filme da caixa de bombons.
AQUI acompanha a vida do casal interpretado por Hanks e Wright desde jovens namorados até os oitenta e tantos anos, assim como de gerações passadas e futuras, no enquadramento fixo de uma sala de estar. O filme estreia em 15 de novembro na gringa. Eis o trailer:
AQUI é a adaptação de um quadrinho chamado AQUI, de Richard McGuire. Se você acompanhar os textos sobre o filme, vai descobrir isto no terceiro - como este - ou no décimo parágrafo – como este da Vanity Fair (onde peguei as fotos abaixo). Se procurar no trailer, você não vai achar nada a respeito de AQUI, o quadrinho, nem sobre Richard McGuire.
Essa é uma pauta que eu tenho anotada no meu caderninho de pautas há algum tempo: quando não se trata de filmes de hominho, como os de Marvel e DC, existe uma tendência hollywoodiana a jogar para escanteio a informação de que um filme foi baseado em um quadrinho. (Às vezes, nem os de hominho mencionam.) Por quê?
Conversei com gente que entende das máquinas de marketing do cinemão. A resposta é: um pouquinho de preconceito com gibi, um pouquinho de medo e um pouquinho da ideia de que dizer que aquilo é um gibi não vai fazer diferença alguma para vender o filme.
Antes, os fatos. O pesquisador Chris Grosvenor, da Universidade de Exeter, Inglaterra, assistiu trailers de 4200 filmes lançados entre 2000 e 2020 – os duzentos sucessos de bilheteria de cada ano. Mais de metade desses filmes, 57%, eram adaptações de alguma coisa: livros, programas de TV, videogames, músicas, teatro, sequências de outros filmes etc.
As adaptações de quadrinhos somavam 318. Destas 318, só 99 deixavam explícita a sua origem em uma história em quadrinhos. Menos de um terço.
Segundo as contas de Grosvenor, há mais probabilidade de um filme declarar-se que se baseou em uma reportagem (68,1%), em uma história verídica (54,3%), em literatura (35%), em uma música (33,3%) ou em um livro infantil (33%) do que declarar que se baseou em um quadrinho.
Para chegar neste menos de um terço de filmes que deixam às claras sua origem no gibi, Grosvenor considerou sugestões mínimas de quadrinhos como referência válida. Os trailers de SUPERMAN - O RETORNO (2006), V DE VINGANÇA (2006), RED: APOSENTADOS E PERIGOSOS (2010), OS PERDEDORES (2010) e O HOMEM DE AÇO (2013) tinham como única referência aos quadrinhos o logotipo da DC Comics ou da Vertigo Comics em algum frame. O pesquisador teve que considerar a menção a “Comics” como suficiente para dizer que o trailer reconhece as raízes. Sem esta colher de chá, o número seria ainda menor.
Do trailer de VALERIAN E A CIDADE DOS MIL PLANETAS (2017)
O número também seria bem menor se Grosvenor houvesse deixado de fora longas de animação ou live-action baseados em mangás, que são 138 das 318 adaptações que ele encontrou. E aí ele descobriu outra discrepância curiosa: os trailers de filmes baseados em mangás têm quase seis vezes mais chance de declararem que o filme se baseia em um mangá – como 69,6% da amostra da pesquisa se declaram – do que o trailer de um filme baseado em quadrinho ocidental tem de declarar que o filme se baseia em um quadrinho – só 12,2% da amostra.
Na prática, isto significa que o trailer de DEATH NOTE: O ÚLTIMO NOME (2006) feito para os Estados Unidos menciona “o mangá que vendeu mais de 21 milhões de exemplares no mundo”; enquanto o trailer de ESTRADA PARA PERDIÇÃO (2002) diz, erroneamente e possivelmente por vergonha, que o filme se baseia em um “livro [novel] de Max Allan Collins e Richard Piers Rayner”.
“Dada a discrepância clara tanto em termos de sucesso mercadológico quanto de respeitabilidade cultural da mídia [quadrinhos] entre o Japão e os centros ocidentais de produção e consumo de quadrinhos (a América do Norte e a Europa Ocidental)”, escreve Grosvenor, “se tratássemos adaptações de ‘mangás’ como categoria própria, ficaria ainda mais evidente que as indústria do cinema ocidentais (sobretudo na América do Norte) recorrem com consistência ao repúdio retórico, ou aversão, quanto a identificar que seus produtos têm alguma conexão intertextual, qualquer que seja, com a mídia dos quadrinhos, de forma muito mais elevada que seus equivalentes japoneses.”
Vale a pena mencionar mangá porque mangá vende e é a cara do Japão. Não vale a pena mencionar os outros gibis porque… eca, gibi.
Do trailer de DRAGON BALL: O RENASCIMENTO DE FREEZA (2015)
Tenho uma certa obsessão, movida pelo ódio, por colecionar exemplos de filmes que escondem que se basearam em quadrinhos até onde conseguirem.
O departamento de marketing da Netflix tem um mandamento pregado no escritório: nunca diga quando suas produções são baseadas em gibi. Você tem que cavar fundo na divulgação para descobrir que THE OLD GUARD (2020) se baseou no quadrinho com o mesmo nome de Greg Rucka e Leandro Fernandez, ou que AS LADRAS (2023) foi baseado em A GRANDE ODALISCA, de Bastien Vivès, Florent Ruppert e Jérôme Mulot. Ou que CORPOS (2023), o seriado, se baseou em um quadrinho homônimo de Si Spencer, Dean Ormstron, Phil Winslade, Meghan Hetrick e Tula Lotay.
A omissão que mais me deixou indignado foi a de TERRA DOS SONHOS (2022), inspirado no clássico LITTLE NEMO IN SLUMBERLAND, de Winsor McCay. Boa sorte a quem tentar achar um exemplo da divulgação do filme que mencione o quadrinho.
Deixo de lado propositalmente a liberdade que estas adaptações se deram em relação ao quadrinho original, assim como a qualidade dos filmes. E relevo minúcias, como o fato de LITTLE NEMO ser domínio público - e, portanto, TERRA DOS SONHOS não ter nem obrigação jurídica de mencionar origens e criadores. Minha indignação é, seguindo os termos de Chris Grosvenor, com o “repúdio retórico” aos quadrinhos no marketing do cinema. Os quadrinhos borbulham de boas ideias, mas não vamos creditar o primo pobre.
Porque o problema maior é este: crédito. No momento em que se apaga a origem de um filme, ou das ideias por trás de um filme, se apaga também a autoria. E aí se chega fácil aos louvores a um Robert Zemeckis da vida, no caso de AQUI, por ideias que ele e equipe adaptaram das ideias de Richard McGuire, apropriando-se do teste e aceitação que essas ideias já tiveram na forma de quadrinho.
Por que a coisa é assim?
Conversei com dois caras que circulam entre produtores, assessores e marketeiros do cinema, os jornalistas
e , para tirar a dúvida. Os dois escrevem sobre cinema há mais de trinta anos, foram editores da lendária revista SET e seguem cobrindo e comentando o que acontece de mais relevante no audiovisual. Salem mora em Los Angeles, tem newsletter aqui no Substack e colabora com a Folha de S. Paulo. Sadovski, de São Paulo, tem uma coluna atualizada com bastante frequência no Splash UOL. Além de trabalharem com cinema, os dois são grandes leitores de quadrinhos.Sadovski começou pelo ângulo do que pesa na hora do marketing escolher o que quer falar sobre o filme: “Acho que uma turma enxerga problema onde não existe. A menção da origem de um filme sempre terá motivos mercadológicos. Nem todo filme baseado em peça/livro/série/game alardeia que a história vem daí. Vale expor quando isso é uma vantagem para ajudar a vender o produto.”
Salem concorda com esse ângulo, mas também vê um pouco de medo e desconhecimento: “Na minha opinião, quando uma adaptação de quadrinhos sai da caixinha dos super-heróis e a fonte não tem uma base imensa de fãs, os executivos do marketing em Hollywood não sabem como vender o projeto e temem afastar o público que não consome quadrinhos ao fazer essa ligação.”
Salem reforça que a ideia de HQ como produto infanto-juvenil ainda persiste e que, por exemplo, associar AQUI, o filme, a AQUI, um quadrinho, não combina com o plano do marketing que quer atingir um público mais velho.
“Para falar a verdade, muitos executivos vêm da área financeira e quase não mexem com o criativo”, diz Salem. “Chefes da indústria ainda acham que podem vender filmes como se fosse uma bolsa ou um carro, o que não era verdade há vinte anos e se tornou muito menos verdade hoje em dia com a infantilização da própria sociedade.”
Sadovski também toca numa questão que envolve um pouquinho de vaidades, mas também o fato de que adaptação é adaptação e não aquilo que se adapta: “Outra coisa que já ouvi de roteiristas é que roteiro de filme é roteiro de filme. Pode até usar um blueprint que vem de fora, mas, no fim, é um produto em si. E quem escreve tem autoria, mesmo em uma adaptação.”
“No caso específico de AQUI”, continua Sadovski, “não faria sentido, do ponto de vista comercial, apontar que o filme vem de uma HQ porque, no fim, isso é irrelevante. É informação da bolha dentro da bolha. Mesmo porque Zemeckis e Eric Roth adaptaram antes FORREST GUMP, e aposto que ninguém recorda o nome do autor do livro.”
Salem tem opinião idêntica sobre o caso de AQUI: “Se for um filme ‘adulto’, a HQ precisa ter uma base significativa de fãs ardorosos para Hollywood focar seu marketing em cima do material original. Acho que não é o caso de AQUI, uma HQ para um público irrisório em comparação ao alcance do cinema no mundo inteiro. É preciso afunilar, e esse filme já tem ângulos de venda atraentes, como o fato de ser um único ponto de vista, a reunião de Tom Hanks e Robin Wright, ambos de FORREST GUMP, e os efeitos visuais. Além disso, a adaptação é muito mais livre.”
“É do jogo”, conclui Sadovski. “Não acredito que estejam ‘escondendo’ que os quadrinhos são fonte de dúzias de filmes que não são de super-heróis. Só que, na letra dura, isso não faz diferença.”
A realidade do jogo ou da letra dura do mercado não acalmou minha indignação - indignação que não faz uma cosquinha de diferença para os bilhões que circulam em Hollywood. Nem no bolso de Richard McGuire, que eu torço que esteja cheio com sua parte nos direitos. Mas sigo indignado.
AQUI, o quadrinho, começou como uma história de seis páginas que McGuire bolou em 1989. O enquadramento era sempre o mesmo: o canto de uma sala. Vemos esta sala e seu sofá em 1957. A cena de 1957 vira um insert sobre uma cena na mesma sala em 1922. Depois, sobre 1971. Vemos aquele canto da casa ser construído em 1902. Uma bola de demolição destruindo a sala em 2030. Um estegossauro passando por aquele ponto em 100.650.010 A.C.
Há rimas, conexões, coincidências entre os momentos daquele canto de sala dispersos pelo tempo, como o estegossauro pré-histórico e um estegossauro de brinquedo na mão de uma criança em 2028. Foi naquele canto que a família da casa tirou fotos do filho em 1964, 1974 e 1984 (talvez o próprio McGuire, pois a história começa com uma criança nascendo em 1957, quando ele nasceu). Uma senhora reclama de limpar a sala em 1973, 1983, 1993, 1994, 1995 e 1996. Galinhas pastam ali em 1870, quando a casa não existe, enquanto, no insert, um homem em 1955 pergunta “quem é o franguinho?”
Você sacou, né? Tudo que aconteceu naquele ponto geográfico em toda a história pode fazer parte dessa HQ sobre esse canto de sala. E faz você pensar na sua sala de estar, em todas as salas de estar, em todas as casas, em todos os pontos do mundo e em todos os dinossauros e pessoas e acontecimentos que passaram por cada mínimo recorte do planeta. Existe um mundo de histórias em cada canto.
McGuire teve aquela ideia de 1989 depois de ver um amigo mexendo na primeira versão do Windows. Suas seis páginas foram discutida durante anos como exemplo do que só os quadrinhos podem fazer. Até que ele ampliou a ideia.
Em 2014, AQUI virou uma graphic novel de trezentas páginas. McGuire expandiu sua ideia não só em número de páginas - também colocou o encontro das paredes da sala bem na dobra das folhas – a cada virada, aquele canto de sala se abre um instante depois, ou anos antes, ou anos à frente, ou milênios atrás, ou no futuro distante.
É um jogo com a própria mídia dos quadrinhos, na qual quem dita o tempo é o leitor. Você pode avançar, você pode voltar, você pode comparar. Forçando um pouco, você até despreza a ideia de não-linearidade, pois não existe uma linha única do tempo. Tudo acontece ao mesmo tempo.
Avançando e retornando páginas, você descobre novos detalhes, novas rimas visuais e históricas. Releituras rendem novas conexões. Existe uma versão interativa da HQ na qual você pode se perder por um bom tempo e por todos os tempos. Nada disso vai ser adaptado para o filme.
O que não significa, é claro, que o filme não vá fazer o que só filmes podem fazer. É o que eu espero. Torço que os quilos de maquiagem que fizeram Tom Hanks e Robin Wright rejuvenescer e envelhecer tenham pesado menos no orçamento que a criatividade e o empenho técnico para fazer aquele canto de sala virar toda a história do mundo.
Por mais que a trama prometida no trailer apele para uma patriotada sobre a história da vida privada norte-americana, com nostalgia pelo passado de ouro, eu ainda tenho alguma confiança de que o cerne de AQUI, o quadrinho, não vai se perder em AQUI, o filme: que o mundo, a história e a humanidade estão ali, no canto da sua sala.
Mas, pelo amor do Forrest Gump, que não comecem a chamar o Robert Zemeckis de gênio pelas ideias dos outros.
Traduzi AQUI, o quadrinho original de seis páginas de 1989, para o Blog da Companhia. Está aqui.
Também traduzi AQUI, a graphic novel, para a Quadrinhos na Cia. No momento, a versão física está esgotada, mas ainda dá para comprar no Kindle. Imagino que o filme chame uma reedição, mas não tenho informações.
Já escrevi sobre AQUI no Blog da Companhia em 2011 (o texto também está no meu livro BALÕES DE PENSAMENTO) e em 2017.
O artigo de Richard Grosvenor chama-se “Origens Secretas: o repúdio à mídia dos quadrinhos na retórica promocional de trailers cinematográficos”.
As colunas do Roberto Sadovski.
A newsletter de Rodrigo Salem:
Esta semana, perguntei para meu editor de CONAN se ele queria que eu traduzisse mais CONAN. Ele respondeu que tem duas traduções de CONAN para eu fazer, e nenhuma era a que eu pensava que ele ia pedir. A que eu pensei vem depois. Passei uns dias na Era Hiboriana (135 páginas e umas laudas) e vou passar mais nas próximas semanas, pois tenho três CONANs pela frente.
A revisão da tradução e a tradução dos extras de INVISÍVEIS: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 2 está entregue. Sai em julho.
A tradução de LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 4 está entregue. Sai em agosto.
Escrevi um texto sobre a adaptação de SENHOR DAS MOSCAS para quadrinhos, a da Aimée de Jongh (sai em setembro), e tenho que decorar esse texto para um vídeo. Estou enrolando porque odeio vídeo.
Traduzi mais um infantil carregado nas rimas e estou lapidando, refinando, lambendo o texto um pouquinho a cada dia. É o PROJETO BALEIAL.
Desenrosquei uma promessa de tradução que estava enroscada há três anos e começo na semana que vem. Vai ser o PROJETO TESLA.
(Desculpas a quem não gosta dos codinomes, mas é uma necessidade. Atrapalho o marketing das editoras se revelo uma publicação antes da hora.)
Colaborei na pesquisa e textos para mais um 2QNews:
E no LANÇAMENTOS DA SEMANA do mesmo canal:
Dei dois dias de aula no Curso Prático de Tradução de Histórias em Quadrinhos - Inglês-Português na Labpub. Uma delas com participação do ilustríssimo Mario Luiz C. Barroso - que vai dar seu próprio curso em novembro.
E chega dessa semana.
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
em junho
LORE OLYMPUS VOL. 4, Rachel Smythe, suma
O PRIMEIRO GATO NO ESPAÇO E A PIZZA (QUASE) IMPOSSÍVEL, Marc Barnett & Shawn Harris, todavia
O UNIVERSO DE SANDMAN: PAÍS DOS PESADELOS vol. 2, James Tynion IV, Leandro Estherren, Patricia Delpeche, Maria Llovet, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 1, Grant Morrison, Steve Yeowell, Steve Parkhouse e vários, panini [tradução revisada]
A BRIGADA DOS ENCAPOTADOS, K.W. Jeter, John K. Snyder III, Dave Louapre, Dan Sweetman, Alisa Kwitney, Guy Davis, John Ney Rieber, John Ridgway, panini
SANDMAN APRESENTA VOL. 10: BRUXARIA, James Robinson, Peter Snejbjerg, Michael Zulli, Steve Yeowell, panini
em julho
NICKY & VERA: O DISCRETO HERÓI DO HOLOCAUSTO E AS CRIANÇAS QUE ELE SALVOU, Peter Sís, companhia das letrinhas
KULL: A ERA CLÁSSICA VOL. 2, Roy Thomas, Don Glut, Gerry Conway, John Severin, Marie Severin e outros, panini
CHEGA PRA LÁ, Katrina Charman e Guilherme Karsten, harpercollins brasil
STRANGER THINGS: KAMCHATKA, Michael Moreci e Todor Hristov, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 2, Grant Morrison, Steve Yeowell, Steve Parkhouse e vários, panini
CONAN, O BÁRBARO 4, Jim Zub, Doug Braithwaite e outros, panini
LOBO OMNIBUS VOL. 1, Keith Giffen, Alan Grant, Val Semeiks, Martin Emond e outros, panini [traduzi um terço do omnibus]
MOONSHADOW, J.M. DeMatteis, Jon J. Muth, pipoca & nanquim [reimpressão]
em agosto
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
STRANGER THINGS E DUNGEONS & DRAGONS, Jody Houser, Jim Zub, Diego Galindo e Msassyk, panini
LÚCIFER - EDIÇÃO DE LUXO VOL. 4, Mike Carey, Ryan Kelly, P. Craig Russell, Marc Hempel, Ronald Wimberly e outros, panini
em setembro
SENHOR DAS MOSCAS, Aimée de Jongh (baseado no livro de William Golding), suma
em outubro
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO - LIVRO 2, Emil Ferris, quadrinhos na cia.
Uma página de LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO vol. 4 por Marc Hempel (com cores de Daniel Vozzo). Lembra de quando eu falo dos privilégios de traduzir página bonita?
vem aí
SHORTCOMINGS, Adrian Tomine, nemo
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
O ABOMINÁVEL SR. SEABROOK, Joe Ollmann, quadrinhos na cia.
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
FEEDING GHOSTS, Tessa Hulls, quadrinhos na cia.
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Gauld
+ Dan Clowes
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Guilherme Karsten
+ Oliver Jeffers
+ Gato Pete
+ Agatha Christie
+ Mike Birchall
+ Lore Olympus
+ Projeto Camalote
+ Projeto Tylenol
+ Projeto Fritas
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
"A opressão no estrangeiro e a repressão doméstica vão ficar em órbita cada vez mais próxima e atingirão singularidade quando o último universitário judeu for enforcado com as tripas da última criança de Gaza".
Joe Sacco, aqui.
Alex Ross. Daqui.
HISTÓRIAS FANTASMAS, de Borja González. As páginas são da edição espanhola, mas li e quero reler a edição brasileira, com tradução de Paulo Raviere. [amazon]
Difícil escolher uma página só de LOIRE, de Étienne Davodeau, então escolhi três.
Ainda vou escrever mais a respeito de RONSON, de César Sebastián. Talvez na próxima virapágina.
A virapágina é a newsletter de Érico Assis. Eu mesmo. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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Vi você comentando tanto sobre esse Ronson que agora tô maluco pra ler, pena que o preço está extremamente proibitivo.
E sobre o AQUI, confesso que fiquei indignado também, mas não por ver que não tinham dado os devidos créditos, mas sim por ver uma porrada de gente comentando no Twitter e no YouTube coisas como: "Isso sim é cinema!", "Como o Zemeckis pensou em uma coisa assim?!", e por aí vai, isso me deixou bem desanimado. Mas vamos ver, espero que mais pessoas leiam o quadrinho depois de ver o filme.
Excelente texto, Érico!