048: FLAUTISTAS ÀS PORTAS DA ALVORADA
traduções inéditas | enquanto isso | minha semana | capitalismo | páginas viradas
Sigo escavando meus arquivos e descobrindo livros que eu traduzi e nunca saíram. E sigo sem entender - sem aceitar, na real - que nunca tenham saído.
Caso de hoje: PIPERS AT THE GATES OF DAWN, de Jonathan Cott. Tenho anotado aqui que traduzi entre julho e setembro de 2013. Fui mais rápido que o meu normal para um livro de 350 páginas.
PIPERS é uma coleção de entrevistas com autores da literatura para crianças. Looongas entrevistas. Começa com Dr. Seuss (trinta e poucas páginas), passa por Maurice Sendak (mais de quarenta), William Steig (quase cinquenta), Chinua Achebe (trinta), Astrid Lindgren (trinta), uma visitinha a P. L. Travers (quarenta e poucas) e uma visitona (sessenta páginas) ao casal Iona e Peter Opie.
Todos os entrevistados estavam em plena produção à época das conversas - na virada dos anos 1970 para os 1980; o livro saiu em 1983. Hoje, são todos falecidos. Jonathan Cott, o entrevistador-autor, continua, até prova em contrário, trabalhando na Rolling Stone, da qual foi um dos fundadores.
Cott é daqueles caras com uma erudição que assusta. Na mesma página, cita Bob Dylan, George MacDonald, Carl Jung e o gnosticismo - e a junção faz sentido, pois ele também é um jornalista/editor que busca a clareza.
É também, e acima de tudo, um entrevistador interessado em entender os entrevistados e deixar que eles falem. Para ele, Seuss, Sendak, Lindgren e os demais são aparelhinhos fantásticos que ele quer desmontar e entender como funcionam, como fazem o que fazem. Como não dá para desmontar pessoas, ele deixa elas falarem até as engrenagens ficarem à vista.
As entrevistas vão na contramão da imprensa apressada, aquela que busca frases-síntese, de impacto. Cott, repito, deixa os entrevistados falarem. Abre aspas numa página e fecha páginas depois. É assim que as entrevistas vão, vão e vão longe.
Não que o próprio Cott não tenha voz no livro - e que bom que tem, porque ele é tão interessante quanto os entrevistados. Antes de começar o papo com Dr. Seuss, ele situa Seuss na história da literatura infantil em língua inglesa desde o século 18. É claro que isso daria um livro, mas ele dá conta em umas dez páginas, que já incluem as primeiras análises de textos de Dr. Seuss.
É só então que ele começa a contar o encontro com Seuss:
O bom Doutor me encontrou no portão, com um cintilar nos olhos e uma barba branca que me lembrou a figura também barbada que está no trailer da Mulberry Street, que inspeciona a prodigiosa e multiestrelada cena do desfile com enorme encanto. Contei a Geisel da caracterização exuberante que o taxista havia feito dele, o que parece que o deixou contente, demonstrando modéstia e um sorriso ao dizer “acho que sou bom nas gorjetas”.
Há quem reclame desse jornalismo que conta cada passo do jornalista na pauta. Eu adoro.
Quando ele vai entrevistar Maurice Sendak no interior de Connecticut, conta que recebeu um telefonema do autor no dia marcado, pouco antes de pegar o trem. Achou que Sendak ia cancelar a entrevista, mas não: o autor de ONDE VIVEM OS MONSTROS ligou para dizer que estava meio deprê porque seu cachorro estava doente, e que:
“Acho que vou me animar se receber companhia. . . . Hoje é meu aniversário.”
“O que você gostaria de presente?”, perguntei.
“Bom, se não for incômodo, sanduíches de uma deli. Qualquer um. Qualquer coisa. Aqui não tem nada.”
“Que tal pastrami com chucrute e mostarda no pão de centeio?”
“Fantástico.”
“E picles?”
“Fantástico. E quem sabe uma torta de chocolate daquelas bem pegajosas para a sobremesa?”
O que se entende, o que se vê da alma de Seuss e Sendak nesses trechos vale tanto quanto os papos que vêm a seguir, sobre pentâmetro iâmbico, psicanálise, ilustração e como cada um entende as crianças.
Maurice Sendak em 1991
Cott costura o texto com trechos iguais aos acima, de sua narração entremeada às aspas dos entrevistados, com trechos de entrevista pingue-pongue, pergunta-resposta. É uma liberdade com o formato da entrevista que eu gostei de ver. Acho até que me inspirou a ser mais livre nos meus textos.
Cott também cita longos trechos das obras de de quem entrevista. Isto foi um problema na tradução. Na época em que eu traduzi PIPERS, Dr. Seuss era pouco publicado no Brasil - ou publicado há tanto tempo que eu não tinha acesso às edições antigonas. De lá para cá, saíram várias traduções primorosas da Bruna Beber pela Companhia das Letrinhas (edições bilíngues, aliás). Na época, tive que me virar fazendo minhas próprias traduções capengas, sem rimas e sem métrica, das rimas iâmbicas do Doctor.
Do mesmo modo, William Steig ganhou várias edições brasileiras depois que eu traduzi a entrevista em que ele e Cott discutem SILVESTER E A PEDRINHA MÁGICA, DR. DE SOTO e outros que eu nunca havia lido.
Mas rolou uma coincidência que eu achei inacreditável: alguns meses antes, eu havia traduzido AS GARRAS DO LEOPARDO, de Chinua Achebe, para a Companhia das Letrinhas. Achebe e Cott discutem o livro em PIPERS.
Eu queria ter sacado mais a respeito de P. L. Travers e a aura de misticismo que Cott vê em torno dela e de MARY POPPINS. Não sobrou tempo para ler os livros de Travers e captar as diferenças - ou apagamentos - entre a babá dos livros e a babá da Julie Andrews no filme (que eu vi quando era criança). Em seguida saiu por aqui uma tradução nova de MARY POPPINS, além daquele filme sobre as desavenças entre Travers e Walt Disney.
O que eu precisei consultar, e muito, foi O VENTO NOS SALGUEIROS, de Kenneth Grahame, na edição traduzida por Ivan Angelo para a editora Richmond (2008). Acho que era a única edição integral que existia na época. O título do livro de Cott refere-se a um capítulo de O VENTO - “O flautista às portas da madrugada”. É o mesmo livro que inspirou o Pink Floyd.
Meu trecho preferido no livro é o da entrevista com o casal Iona e Peter Opie. Eles não eram autores de literatura infantil, mas tinham tudo a ver com a literatura infantil. Eram folcloristas: estudiosos de livros, brincadeiras e parlendas infantis, que passaram décadas resgatando a origem, até onde possível, de cantigas de roda, canções de ninar e afins na língua inglesa. Publicaram THE OXFORD DICTIONARY OF NURSERY RHYMES e THE LORE AND LANGUAGE OF SCHOOLCHILDREN nos anos 1950. Na época da entrevista, trinta anos depois, continuavam pesquisando e publicando livrões.
O momento que eu lembro - com certa frequência, aliás - vem de um trecho comprido em que Cott deixa o casal conversando entre si:
Jonathan: Como vocês dão conta de tudo?
Peter: À parte a divulgação dos livros, quando eles são publicados, não ficamos aparecendo no rádio nem na televisão, e não fazemos mais nada.
Iona: Não tiramos férias, não recebemos visitas, e o Peter não dirige. Como você deve imaginar, fizemos uma lista de famosos que não dirigem [sorrindo].
Peter: Sir Julian Huxley veio aqui e ficamos encantados em saber que é Lady Huxley quem dirige… O grande segredo da vida, a meu ver, é tirar proveito das desvantagens que você tem. As minhas são não dirigir, não cantar, nem dançar. E eu evito ir a festas – aliás, tenho ojeriza a festas e sempre me sinto um bobo quando vou. (…) Minha mãe dizia: “Você tem que sair e conhecer gente! Como é que você vai ser escritor?” Mas há uma vida toda no íntimo. A maioria das pessoas sai desembestada por aí porque tem medo do que carrega dentro de si. Mas eu descobri que só uma pessoa a mais já basta... e que arrogância a sua se você desafia a manada! A maioria das pessoas está atrás de um jeito de fazer o tempo passar. Seu dia se arrasta ou é muito curto? Nossos dias são tão curtos que não sabemos como passaram tão rápido. Então a única alternativa é a pessoa fazer cortes no que faz. E ficar em casa.
Adoro esse “grande segredo da vida”. Não lembro se li em outra entrevista com Opie, se juntei com entrevista de outra pessoa ou se eu mesmo elucubrei, mas eu entendo essa ideia de “tirar proveito das suas desvantagens” - ou das suas incompetências - como uma corrida constante no sentido contrário da “manada”.
Em termos profissionais, estou aqui jornalistando, traduzindo, escrevendo newsletter, e tentando fazer isso tudo da melhor maneira possível, para conseguir fugir dos concursos públicos, dos diplomas certos e da análise da carteira de investimentos. Tudo em que eu devia ter competência, mas não tenho. E preferia não saber dirigir, ser mais Peter Opie.
No final da conversa com os Opie, Jonathan Cott registra que Peter havia falecido de ataque cardíaco nove meses depois da entrevista. E deixa uma última citação:
“Eu acredito”, Peter me dissera nove meses antes, “que a vida é absurda, que somos um acidente, que não existe vida após a morte, e que não há outro motivo para estar aqui que não o de estar aqui. O absurdo é maravilhoso, porque liberta a mente; é como sonhar. Você percebe que nada tem muita importância. E me parece que, se você aprecia o absurdo, é porque você está ficando inteligente de verdade. Essa é a grande liberdade. Aí você pode fazer suas próprias regras.”
Estou relendo alguns trechos da minha tradução e achando um terror. Isso é comum: se eu ler uma tradução que entreguei no mês passado, vou querer reescrever metade. Quanto maior a distância, minha crítica fica pior. Traduzi PIPERS há mais de dez anos; hoje, apagaria tudo e começaria a tradução de novo.
A editora que me encomendou a tradução não existe mais. Sei que a tradução ganhou uma primeira leitura, pelo menos da pessoa que me contratou, mas não sei se o projeto do livro andou mais, nem se chegou perto de ser publicado.
Depois que traduzi, li uma entrevista com Jonathan Cott na qual ele revela que, devido a um tratamento repetitivo com choques (eletroconvulsoterapia) para lidar com transtorno bipolar, ele teve boa parte da sua vida apagada da memória. Não lembra de nada entre 1985 e 2000, e trechos de outros momentos. É possível que tenha esquecido que escreveu PIPERS AT THE GATES OF DAWN. Escreveu vários livros depois, porém.
Descobri hoje, enquanto escrevia, que o livro ganhou reedição por uma editora universitária dos EUA em 2020. Fiquei curioso para ver o prefácio da Maria Popova.
Dos entrevistados por Cott, o que acompanhei com certo interesse por um tempo foi Maurice Sendak. Outros livros de Sendak saíram no Brasil, teve aquela entrevista maravilhosa, estupenda com o Stephen Colbert - que eles terminam cheirando canetinha pra ficar doidão - e Sendak faleceu meses depois de eu terminar a tradução, o que rendeu uma série de tributos. Este, do Christoph Niemann, é uma das coisas mais tocantes que eu já ouvi.
Esta semana fez um ano que o Omelete encerrou minha coluna (quase) semanal, a Enquanto Isso. Disseram que era uma pausa temporária, mas parece que não era. Foi o pontapé para eu começar a virapágina - eu já tinha ideia de uma newsletter há tempos. E olha aí: não é por acaso que a virapágina está completando quase um aninho de existência.
A Enquanto Isso teve 114 edições. Começou com um número zero, de teste, em julho de 2020, a convite do editor da época, Diego Assis (juro que não somos parentes). Era para ser curtinha: a Notícia de Quadrinhos da Semana, mais uma ou duas notas, uma capa legal, um lançamento chegando nas bancas e deu.
Cresceu. Resolvi que sempre ia ter quadrinho brasileiro ou autores brasileiros, de algum jeito. A Notícia da Semana acabou virando longos textos de Pauta da Semana, que não excluíam as notinhas pequenas (ou nem tão pequenas) e o resto. Comecei a escrever tripas longas, pra 10, 15, 20 minutos de leitura. O pessoal do Omelete estava ficando sem tempo pra diagramar, porque era muito texto e muitas imagens e muitos links de Instagram, Twitter; comecei a diagramar eu mesmo.
Escrevi sobre como os leitores faziam para comprar gibi durante os lockdowns, sobre o golpe internacional que aplicaram inclusive em um quadrinista brasileiro, sobre o Pass Culture e a discussão de quadrinho ser ou não “cultura”, sobre a chegada QS Comics no mercado (tomei puxões de orelha de todos os lados por essa entrevista), sobre pronomes neutros nos quadrinhos e sobre “regionalismos” na HQ brasileira.
Escrevi uma coluna inteira sobre o George Pérez. Perguntei quanta grana os quadrinistas tinham feito na CCXP 2022. Montei meu cânone dos quadrinhos. Fiz muita conta no Excel para escrever “Quantos Big Macs custa o seu gibi”, um texto que acabou bem citado por aí.
E terminei com “Como as crianças vão voltar a ler quadrinhos”. Tem links para todas as outras 113 ao final desta última coluna.
A Enquanto Isso era uma anomalia no Omelete. Eu vi o site nascer, em 2000, e já era colaborador. Uma coluna como eu propus tinha a ver com o site de 2000, não com o de 2020 - muito mais focado em vídeo, conteúdo pra redes sociais e notinhas de três parágrafos. Mas fiz assim mesmo e, não sei como, durou três anos.
Modéstia à parte, gostei muito do que eu fiz naquelas colunas e um dia quero juntar algumas em livro. Enquanto Isso (rá), seguimos de virapágina. E de 2Quadrinhos. E, algum dia, escrevendo nas paredes. Em algum lugar, eu preciso continuar escrevendo sobre meus queridos gibis.
Comecei a semana abrindo os trabalhos na tradução do PROJETO CORVETTE.
E a editora anunciou o que é, então não precisa mais de codinome: THE STRANGE DEATH OF ALEX RAYMOND, de Dave Sim e Carson Grubaugh. Sai pela Go!!! Comics no final do ano.
É grandão, é difícil, é sinuoso, é tergiversador, vai me exigir umas conversas com desenhistas que me expliquem os vários jeitos de segurar um pincel de nanquim. E é a cabeça muito pirada do Dave Sim.
Eu já tinha lido quando saiu e achado um monstro. Tenho dois meses para traduzir. Já consegui 106 páginas de 320.
Entreguei a tradução de A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 2, que acho que sai em novembro.
Entreguei dois livrinhos infantis para a HarperCollins. Um deles tinha trinta páginas de rimas. Sempre me xingo por aceitar essas traduções com rimas. Mas, depois de algumas manhãs de sofrimento (cinco manhãs, para ser exato), a tradução saiu. O outro livrinho, sem rimas, nasceu a tiracolo.
Fiz a primeira revisão do PROJETO SOPA. Talvez consiga fazer a revisão de fluência hoje - e entregar.
PROJETO TESLA está andando em paralelo, mas não tem pressa. Fiz 84 páginas. Tem outro projeto Conaniano rolando também - e acabei de descobrir um trecho que vai me exigir manhãs de sofrimento traduzindo rimas. Fiz 55 páginas.
Colaborei com uma recomendação curtinha, de O PEQUENO RESTAURANTE DE COMIDAS ESCANDALOSAS, na newsletter da Editora Hipotética:
Dei duas aulas para a décima turma do Curso Prático de Tradução de Livros - Inglês-Português na Labpub.
Colaborei com o 2Q News de domingo:
E com o Lançamentos da Semana na quarta-feira:
E a semana acabou.
Os links abaixo são para trabalhos meus que foram lançados há pouco ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
em julho
NICKY & VERA: O DISCRETO HERÓI DO HOLOCAUSTO E AS CRIANÇAS QUE ELE SALVOU, Peter Sís, companhia das letrinhas
CHEGA PRA LÁ, Katrina Charman e Guilherme Karsten, harpercollins brasil
STRANGER THINGS: KAMCHATKA, Michael Moreci e Todor Hristov, panini
em agosto
PONTOS FRACOS, Adrian Tomine, nemo
ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE, Bob Al-Greene (baseado no livro de Agatha Christie), harpercollins brasil
ANTES DISSO: COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI E PARA ONDE PODEMOS IR - A HISTÓRIA DA HUMANIDADE, Oliver Jeffers, harpercollins brasil
VOCÊ DORME COMO UM MONSTRO?, Guilherme Karsten, harpercollins brasil
LOBO OMNIBUS VOL. 1, Keith Giffen, Alan Grant, Val Semeiks, Martin Emond e outros, panini [traduzi um terço do omnibus]
KULL: A ERA CLÁSSICA VOL. 2, Roy Thomas, Don Glut, Gerry Conway, John Severin, Marie Severin e outros, panini
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
CONAN, O BÁRBARO 4, Jim Zub, Doug Braithwaite e outros, panini
STRANGER THINGS E DUNGEONS & DRAGONS, Jody Houser, Jim Zub, Diego Galindo e Msassyk, panini
LÚCIFER - EDIÇÃO DE LUXO VOL. 4, Mike Carey, Ryan Kelly, P. Craig Russell, Marc Hempel, Ronald Wimberly e outros, panini
ZDM - EDIÇÃO DE LUXO VOL. 2, Brian Wood, Kristian Donaldson, Nathan Fox, Riccardo Burchielli, Viktor Kalvachev, panini (traduzi metade das histórias e os extras)
MOONSHADOW, J.M. DeMatteis, Jon J. Muth, pipoca & nanquim [reimpressão]
em setembro
O ABOMINÁVEL SR. SEABROOK, Joe Ollmann, quadrinhos na cia.
SENHOR DAS MOSCAS, Aimée de Jongh (baseado no livro de William Golding), suma
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 1, John Arcudi, Max von Fafner, Jim Zub, Patrick Zircher, Robert E. Howard, Roy Thomas, panini
CONAN, O BÁRBARO 5, Jim Zub e Roberto de la Torre, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 2, Grant Morrison, Steve Yeowell, Steve Parkhouse e vários, panini
em outubro
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO - LIVRO 2, Emil Ferris, quadrinhos na cia.
em novembro
GRANT MORRISON E A HISTÓRIA, de Mario Marcello Neto, Felipe Radünz Krüger, Artur Lopes Filho e Márcio dos Santos Rodrigues (orgs.), Dokan Editora - escrevi a introdução
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 2, Jim Zub, Richard Case, Patrick Zircher, panini
vem aí
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
FEEDING GHOSTS, Tessa Hulls, quadrinhos na cia.
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Gauld
+ Dan Clowes
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Gato Pete
+ Mike Birchall
+ Lore Olympus
+ Projeto Camalote
+ Projeto Tylenol
+ Projeto Fritas
+ Projeto Baleial
+ Projeto Kitty
+ Conan
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Fotos que o Diogo Cordeiro, leitor da virapágina, mandou da exposição COMICS, 1964-2024 no Centre Georges Pompidou, Paris:
Se eu fosse ao Pompidou, acho que não veria com tantos detalhes. Muito obrigado ao Diogo pelas fotos e por me autorizar a reproduzir algumas aqui.
“Ficar indignada com os alunos porque eles não curtem leitura não ajuda ninguém. Eles foram adestrados a ter picos de prazer instantâneo com o celular, não a ter o prazer lento da leitura. Eu sou escritora, cresci com o analógico e não consigo mais dar a um livro a atenção que eu dava antigamente.”
Daqui. Vale muito a pena ler todo o fio dessa professora.
A vida de quadrinista, segundo Helô D’Angelo.
Jack Kirby já tinha previsto. Daqui.
A virapágina é a newsletter de Érico Assis. Eu mesmo. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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Que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Espero que você siga encontrando um lugar para continuar escrevendo sobre seus queridos gibis e tudo o mais que quiser, Érico. Ler o que você escreve é um grande prazer!