022: PACO ROCA, O WILL EISNER QUE DEU CERTO
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Tem um trecho muito significativo no epílogo que o coautor Rodrigo Terassa escreveu para EL ABISMO DEL OLVIDO, que atesta o renome de seu colega Paco Roca na Espanha.
Terassa conta de quando foi tentar o contato com Maruja Badía, octogenária que é filha do coveiro que os autores queriam como um dos personagens principais de ABISMO.
“Na primeira vez que lhe telefonei para dizer que queríamos fazer um quadrinho em que o pai dela seria protagonista, Maruja quase desligou na minha cara. Deve ter imaginado Leoncio [o pai] transformado em personagem de Mortadelo e Salaminho ou super-herói da Marvel. Quando ficou sabendo que Paco Roca estava envolvido, ela, encantada, foi tomar um café conosco.”
EL ABISMO DEL OLVIDO, de Paco Roca e Rodrigo Terassa, trata dos civis que foram mortos no início da ditadura franquista, em fins dos anos 1930 e início dos 40. Fuzilados por fazerem qualquer oposição à ditadura ou por terem ficado do lado errado na Guerra Civil (1936-1939), eles eram enterrados sem identificação, em valas comuns que podiam ter mais de cem corpos.
A ditadura franquista terminou em 1975. Em 2007, depois de décadas de pressão das famílias, o governo do presidente socialista José Luiz Rodríguez Zapatero – cujo avô foi executado na ditadura – instituiu uma lei que dava às famílias direito de exumar e identificar os corpos dos parentes fuzilados, inclusive com subsídio público. Em 2011, o governo do conservador Mariano Rajoy derrubou a lei, seguindo uma pressão da direita para não “remexer o passado”.
Roca e Terassa escolheram a octogenária Pepica Celda para ser uma das personagens principais de EL ABISMO. Pepica foi a última espanhola a conseguir o subsídio para desenterrar seu pai, José Celda, morto em 1940 em Paterna, na Comunidade Valenciana, e lhe dar o devido sepultamento.
A história dos Celda se mistura à de Leoncio Badía, o coveiro já citado, que enterrou o pai de Pepica e outros centenas de fuzilados, e que tentava dar um mínimo de dignidade aos mortos. Leoncio anotava os nomes, guardava algum item do corpo que ajudasse a família os identificar – como um pedaço da roupa – ou enterrava-os com pequenos frascos que traziam seus nomes. Escondido dos soldados franquistas, que queriam apenas amontoar os corpos debaixo da terra.
EL ABISMO DEL OLVIDO gera uma boa discussão sobre jornalismo em quadrinhos: é ou não é um exemplo? É um quadrinho que trata de fatos reais, teve apuração com entrevistados e pesquisa documental. Um dos autores, Rodrigo Terrasa, é jornalista, fez o levantamento e propôs o projeto ao amigo Paco Roca.
Roca desenvolve uma reconstituição histórica a partir da apuração do jornalista, imaginando muitas cenas e rostos – em entrevistas, o desenhista diz que teve pouquíssimas fotos ou filmes para se basear –, para não falar em cenas de fantasia. Uma dessas fantasias, que também é a capa do quadrinho, mostra os mortos saindo da vala comum. A narrativa também vai e volta entre os tempos atuais e os anos 1940. Isso quando não salta aos rituais fúnebres da Grécia Antiga para discutir o direito humano a sepultar a família.
É uma reportagem disfarçada de ficção, quem sabe? Jornalismo literário em quadrinhos? Quadrinho documental ficcionalizado?
Roca tenta resolver em uma declaração à revista El Hype. “A ficção chega onde não chegam os livros dos historiadores, uma coisa que eles não gostam de ouvir. As obras dos historiadores ficam entre os especialistas, mesmo as que se destacam na mídia. Os quadrinhos, o cinema e a literatura conseguem chegar ao grande público. A História não busca empatia, os livros buscam dados. E esse é o papel da ficção: a empatia”
Reportagem ou documental ou ficcionalização ou seja o que for, o fato é que EL ABISMO DEL OLVIDO é um quadrinho contemporâneo dos bons. Se Roca já foi chamado de praticante da “linha clara” – o estilo de traços simples, poucas sombras, composições claras, rostos de três risquinhos e dois pontinhos –, ele não segue a escola do Tintim no que diz respeito à trama linear, mastigada para o leitor. É fácil encontrar no quadrinho de Roca recursos de narrativa dos mangás, dos gibis de super-herói, de Marc-Antoine Mathieu e de Chris Ware, quando não referências de fora dos quadrinhos.
A primeiríssima cena de ABISMO, por exemplo, é de uma crueldade spielberguiana. Ela acompanha o fuzilamento de duas levas de presos em um descampado na cidade de Paterna. Sinistramente detalhada, mostra os soldados apontando os fuzis para os presos, atirando, os fuzilados que não morrem de primeira e caem gritando de dor, o oficial que puxa sua pistola para dar cabo dos moribundos dando-lhes tiros na cabeça, o soldado que chuta os mortos para dar espaço à nova leva. Parte da cena é a câmera subjetiva de um soldado hesitante apontando seu fuzil para os homens que deve fuzilar, e o foco na expressão – com poucos risquinhos e pontinhos – de quem sabe que vai morrer, sendo morto por um compatriota que não sabe por que deve matar. Nada disso está no texto, tudo está nas imagens. Os tiros doem como nunca doeram em um quadrinho.
A principal notícia sobre EL ABISMO DEL OLVIDO é que o quadrinho esgotou sua primeira tiragem, de 40 mil exemplares, em menos de um mês nas livrarias da Espanha. Tem duas notícias aí: a da edição esgotada em tempo recorde e a de que a editora Astiberri teve confiança para fazer um quadrinho com tiragem inicial de 40 mil.
“Na Espanha, um quadrinho sai em tiragens de 1.000 e 2.000 exemplares”, me explica Álvaro Pons, jornalista e crítico de quadrinhos espanhol. “Os que vendem 3.000 ou 5.000 são sucessos inacreditáveis.”
São números bem próximos do mercado de quadrinhos no Brasil. Aqui, os quadrinhos que superam as tiragens ou vendas de 3.000, 5.000 – e também se comemora muito quando chegam lá – são alguns mangás que ostentam vendas de 50.000, 70.000, até 100 mil. Na Espanha, me conta Pons, do mesmo modo, “famosões como TOKYO REVENGERS podem chegar a 50.000.”
Um autor nacional, fazendo quadrinho adulto contemporâneo de 300 páginas sobre os mortos da ditadura, a uma faixa de preço longe dos best-sellers (25 euros na capa) e que vende 40 mil no próprio país? É fora da curva.
“O caso de Paco Roca é uma exceção total”, diz Pons. “Paco é um fenômeno na Espanha que supera tudo: é muito conhecido do público e cada uma de suas obras é um evento. Foi um dos autores mais vendidos dos livros (romances, quadrinhos, tudos) na Espanha neste Natal. Suas palestras são lotadas. É incrível.”
(O crítico me diz que só uma autora nacional de quadrinho, que assina como Moderna de Pueblo – 1,8 milhões de seguidores das suas tiras no Instagram – chega às vendas de dezenas de milhares na Espanha. “Mas não tem a produção de Paco nem o impacto que ele tem na mídia”, reforça.)
É óbvio que Paco Roca não lançou o primeiro quadrinho no mês passado. Tem 30 anos de quadrinhos e, no meio dessas três décadas, sua carreira teve uma virada com RUGAS, na qual ele ficcionalizou o sofrimento do seu pai com o Alzheimer. RUGAS virou longa de animação, foi traduzido para uns dez idiomas e tem números de vendas maiores que EL ABISMO, somados seus mais de quinze anos.
Vieram outros quadrinhos muito falados e premiados, como EL INVIERNO DEL DIBUJANTE (inédito no Brasil), ACASOS DO DESTINO, A CASA, EL TESORO DEL CISNE NEGRO (com Guillermo Corral, também inédito aqui) e REGRESSO AO ÉDEN. Quando não tratam da história da Espanha no geral, tratam da história da Espanha no específico: Roca escreve sobre sua própria família, como em CASA e ÉDEN (e RUGAS, claro). Todos lançamentos foram “eventos” na Espanha, como disse o crítico Álvaro Pons. Além disso, ele publicou quadrinhos durante uma década na El País Semanal e outros jornais e revistas espanhóis, que também levaram seu nome ao grande público.
Coloquei na cabeça que Paco Roca chegou onde Will Eisner queria chegar quando começou sua evangelização pela graphic novel: um quadrinho que fugisse do gueto, que chegasse ao grande público que torce o nariz pra gibi, que fosse lido, vendido e respeitado como a literatura, entre adultos, com temas humanos e realistas.
Eisner tentou chegar lá com várias de suas graphic novels, mas pouco saiu do gueto. Hoje é lembrado pelos entendidos e como nome de prêmio. Art Spiegelman, Alison Bechdel, Marjane Satrapi também se espraiaram do gueto com MAUS, FUN HOME e PERSÉPOLIS, respectivamente, mas de forma pontual e não com toda a carreira de obras.
“Completamente de acordo!”, me disse Álvaro Pons quando fiz a comparação com Eisner. E mesmo que obras como as de Spiegelman, Bechdel e Satrapi, “tenham vendido muito, Paco conseguiu se conectar com o público.”
Roca, ao que parece, chegou a uma carreira consistente de autor de quadrinhos procurado pelo grande público leitor (não só de quadrinhos) e que movimenta o mercado. Que se apoia na empatia do público com temas escolhidos a dedo na história e memória do seu país, que conversam com a importância da família na cultura ibérica. Mas que não deixa de fazer quadrinho arrojado, com invenção e experimentação narrativa. Não há quadrinho mais contemporâneo.
Se o objetivo de Roca, como ele diz, é criar empatia pela História, parece que ele está dando um passo a mais: criando empatia pelas histórias em quadrinhos.
Paco Roca no Brasil:
RUGAS (trad. Marquito Maia), devir, 2017
A CASA (trad. Jana Bianchi), devir, 2021
REGRESSO AO ÉDEN (trad. Jana Bianchi), devir, 2022 - meu preferido
ACASOS DO DESTINO (trad. Jana Bianchi), devir, 2021
Outros Paco Roca que eu li e recomendo:
EL INVIERNO DEL DIBUJANTE, astiberri, 2010
EL TESORO DEL CISNE NEGRO (com Guillermo Corral), astiberri, 2018
MEMOIRS OF A MAN IN PAJAMAS (trad. Andrea Rosenberg), fantagraphics, 2023
EL ABISMO DEL OLVIDO, astiberri, 2023
Uma das traduções pelas quais eu mais esperava já está à venda: LADRAS, de Lucie Bryon. Sai pela Risco e começou campanha no Catarse esta semana.
Foi um recomendação minha à editora, que anunciou assim que comprou os direitos. Aí, a quadrinista-fenômeno-multitalentos Luiza de Souza, Ilustralu, declarou seu amor pelo anúncio no Twitter, uma lampadinha brotou na minha cabeça e mandei um convite: quer traduzir comigo, Ilustralu?
Ela topou e já assinamos duas traduções juntos. (A outra é ROAMING, que sai este ano pela nVersos.) A Luiza é essencial para validar o que eu fiz ou incrementar os diálogos das meninas, e espero que seja embaixatriz desses quadrinhos entre o público que ela tem no Brasil.
Tem um preview de 40 páginas de LADRAS aqui. É muito melhor você ler e ver do que eu descrever o que o quadrinho é.
Conheço, converso e tenho a enorme lisonja de marcar papos e receber dicas de Drik Sada desde muito antes do Notas dos Tradutores existir. Eu e meus colegas de Notas, Mario Barroso e Carlos Rutz, convidamos ela para participar desde o episódio 1.
Ela levou cem episódios para topar, mas finalmente topou. E o episódio foi ao ar esta semana.
Drik é apenas a maior tradutora de mangás do Brasil e, mangás sendo o que são, ela está entre as autoras mais lidas do Brasil. Tem décadas de experiência, é das tradutoras que eu leio para me inspirar. E quando eu digo uma coisa e ela discorda, eu imediatamente passo para o lado dela. Ou devia passar.
A parte divertida do episódio foi que ela não queria falar da carreira e a convidamos para comentar os 100 episódios de Notas. Ela acabou falando da carreira. Ficou excelente.
Minha semana começou com o susto ao descobrir que, caralho, janeiro já acabou e eu não fiz tudo que tinha que fazer em janeiro. Tentei e estou tentando o possível para garantir as sonhadas férias em fevereiro. Pisei no acelerador.
Revisei 283 páginas do PROJETO PREGAS, que é quadrinho, mas inclui uma quantidade escalafobética de texto corrido: 60 laudas até agora. E falta metade.
Revisei as 144 páginas do PROJETO VIDRO2 e entreguei. Talvez ele cresça e eu tenha que entregar mais umas páginas, mas tenho que esperar o editor dizer.
Comecei três traduções. 184 páginas do PROJETO BEIJO GREGO, 95 do PROJETO RÚSSIA6 e 56 páginas de um que não precisa de codinome, porque é MY FAVORITE THING IS MONSTERS 2 e já foi anunciado pela Quadrinhos na Cia.
Eu só queria acabar MONSTERS 2 em janeiro por orgulho, porque o prazo é largo. O que eu adiantei da tradução nesta semana foram todas as páginas em que a Emil Ferris imita capas de revistas de terror - o letreirista brasileiro, Américo Freiria, já vai trabalhar nessas aí. É uma trabalheira longa e quase artesanal, tipo o que ele fez nesse exemplo do volume 1:
Mais sobre o trabalho do Américo nessa entrevista que fiz com ele em 2019.
Além disso, um dos projetos em que estou trabalhando foi anunciado. O que eu vinha chamando de PROJETO PORQUINHO é a adaptação de SENHOR DAS MOSCAS por Aimée de Jongh. Sai no fim de ano pela SumaHQ, na comemoração de 70 anos do livro de William Golding.
SENHOR DAS MOSCAS foi anunciado na live do Fora do Plástico com as editoras Suma e Seguinte. O FdP está fazendo uma rodada de lives muito interessante com quase todas editoras nacionais de quadrinhos - que já rendeu uns elogios pra mim e para a Ilustralu no dia com a editora Juliana Siberi, da nVersos.
Também dei duas aulas na LabPub. Chegamos na metade do curso. E meu acompanhamento editorial dos livros do Will Eisner deram passinhos…
Ontem apareceu mais uma tradução. Conversei com meu chefe, expliquei que não dá para ficar aceitando trabalho novo se eu quiser férias. Meu chefe não deu bola e aceitou. Meu chefe é imbecil como todos os chefes e meu chefe sou eu mesmo.
Os links abaixo são de trabalhos meus que serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links.
As datas podem mudar.
em janeiro
SANDMAN APRESENTA VOL. 8: TEATRO DA MEIA-NOITE, Neil Gaiman, Matt Wagner, Teddy Kristiansen e outros, panini [metade do volume tem outras HQs por outros tradutores]
CONAN, O BÁRBARO 1, Jim Zub, Roberto De La Torre, José Villarubia, Dean White, panini
A BRIGADA DOS ENCAPOTADOS, K.W. Jeter, John K. Snyder III, Dave Louapre, Dan Sweetman, Alisa Kwitney, Guy Davis, John Ney Rieber, John Ridgway, panini
em fevereiro
O HOMEM DA CASA DE CHÁ, Baronesa Orczy, harpercollins brasil
PRAZER, STAN: A BIOGRAFIA EM QUADRINHOS DO LENDÁRIO STAN LEE, Tom Scioli, conrad
SANDMAN APRESENTA 9: A GAROTA QUE QUERIA SER A MORTE, Caitlín R. Kiernan, Dean Ormstron, Sean Phillips, panini
TERRA LIVRE: UM CONTO DA CRUZADA DAS CRIANÇAS, Neil Gaiman, Chris Bachalo, Alisa Kwitney, Jamie Delano, Peter Snejbjerg, Toby Litt, Peter Gross e mais, panini
PLANETARY OMNIBUS, Warren Ellis, John Cassaday, Laura Depuy e outros, panini [só traduzi algumas histórias!]
LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 3, Mike Carey, Peter Gross, Ryan Kelly, Dean Ormstron, Craig Hamilton, David Hahn, Ted Naifeh, panini
KULL: A ERA CLÁSSICA (OMNIBUS), Roy Thomas, Berni Wrightson, Marie Severin, John Severin, Doug Moench, John Bolton, Chuck Dixon, Dale Eaglesham e grande elenco, panini
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 7, James Owsley, John Buscema, Val Semeiks e mais, panini
em março
SURFISTA PRATEADO: LIBERDADE [EPIC COLLECTION], Stan Lee, John Byrne, Steve Englehart, Marshall Rogers, Joe Rubinstein, Joe Staton, Jack Kirby e outros, panini
VAMPIRO AMERICANO: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 5, Scott Snyder, Rafael Albuquerque, Tula Lotay, Francesco Francavilla, panini
CONAN, O BÁRBARO 2, Jim Zub, Roberto de la Torre, panini
OS LIVROS DA MAGIA, Neil Gaiman, John Bolton, Scott Hampton, Charles Vess, Paul Johnson, panini [reedição]
em abril
LADRAS, Lucie Bryon, risco [tradução com Ilustralu]
Capa original de LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO vol. 3, que sai no mês que vem pela Panini
vem aí
LORE OLYMPUS VOL. 4, Rachel Smythe, suma
SHORTCOMINGS, Adrian Tomine, nemo
ROAMING, Mariko Tamaki/Jillian Tamaki, nversos
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
CHEW VOL. 4, John Layman e Rob Guillory, devir
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Gauld
+ Ray Bradbury
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Agatha Christie
+ Guilherme Karsten
+ Oliver Jeffers
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Uma página de O UNIVERSO DE SANDMAN: PAÍS DOS PESADELOS vol. 1, por James Tynion IV, Lisandro Estherren, letras originais de Simon Bowland, tradução minha com letras de Daniel de Rosas, e as cores sensacionais de Patricio Delpeche. Fica mais bonito no impresso. Saiu faz uns meses, mas acho que não foi tão falado quanto devia.
De “One day, he was safe in a nursing home. The next, he was homeless”, reportagem em quadrinhos que saiu há um mês no Washington Post, por Christopher Rowland e Bianca Bagnarelli, sobre um idoso que virou morador de rua nos EUA. Aqui.
A capa do ACME NOVELTY DATEBOOK VOLUME THREE, livrão com seleções do caderno de esboços do Chris Ware, anunciado esta semana pela Drawn & Quarterly. Caro pra dedéu e sai em outubro. É óbvio que já tenho os dois primeiros e fiquei tentado a recomprar por motivos de uma caixinha com os três. Estou juntando dinheiro desde já.
Painel que Paco Roca desenhou, com cores de Martín Forest, nas Facultades de Ciencias de la Educacion y Humanidades, y de Ciencias Sociales da Universidad de Castilla - La Mancha, em Cuenca, Espanha.
Tem dez por dez metros e é uma árvore do saber e do conhecimento, contando da pré-história à era digital. Ele terminou esta semana e eu ainda não encontrei uma imagem completa.
Você leu a virapágina, newsletter de Érico Assis. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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"La democracia se cimentó sobre el olvido". Conheço um país que seguiu o mesmo caminho, não aprendeu nada e parece querer repetir o erro...
Espero que esse quadrinho saia por aqui e eu possa ler!
E morrendo de curiosidade pra saber o que será esse projeto "Beijogrego" rsrs
Um grande abraço, Erico!
P.S. Algumas edições atrás você falou sobre newsletters de quadrinistas, e a Fefê Torquato lançou uma há algumas semanas. Não sei se você já ficou sabendo, ou até mesmo já indicou, mas é que às vezes eu sumo das redes sociais e fico só me atualizando por e-mail kkkk
Já vou colocar alguma leitura do Paco na minha lista, não conhecia, mas já li Maus e Persépolis e amei