033: ZIRALDO E O TRAÇO BRASILEIRO
(Acontece em várias edições da virapágina, mas dessa vez resolvi avisar: quando uso muitas imagens, alguns leitores de e-mail cortam a newsletter antes do final. Geralmente fica um aviso no corte, tipo “EXIBIR TODA A MENSAGEM?”. Provavelmente vai acontecer com a edição de hoje. Não leia pela metade!)
Começou pelos cotovelos da Ilustralu. Foi em janeiro de 2023, quando ela postou uns desenhos no Xwitter. Eram esboços, testes no papel. Eu só enxergava os cotovelos.
Foi ali que anotei minha primeira ideia para essa pauta, num retweet: “Que traço lindo. É dela, da Ilustralu, sem dúvida. Mas tem alguma coisa nas formas que liga com Flavio Colin, com o Gabriel Bá, com o Felipe Nunes, com o Pedro Cobiaco, com a Cristina Eiko. Parece que tem uma linha sucessória no quadrinho brasileiro.”
A pauta era essa: a linha sucessória no quadrinho brasileiro. Um jeito de desenhar com essa linha sinuosa, um jeito de deformar o realismo do corpo com as mesmas sínteses. Traço econômico, sim, mas econômico nos mesmos pontos: braços e troncos grossos, pescoços finos, olhos de pontinho ou tracinho. E os cotovelos que são só uma curva.
Como os do Flavio Colin:
Do Gabriel Bá:
Do Felipe Nunes:
Do Pedro Cobiaco:
Da Cris Eiko:
E, de novo, da Ilustralu:
Foi ela, a Ilustralu, que me respondeu na mesma hora: “Meus livros de cima da mesa pra quando eu não sei resolver um desenho são de Felipe Nunes, do Pedro Cobiaco, do Paulo Crumbim com a Cristina Eiko e priiiincipalmente Jefferson Costa! Colin e Ziraldo pra vida <3.”
Jefferson Costa foi um grande esquecimento da minha parte:
Mas meu esquecimento gigante, imperdoável, foi de Ziraldo:
O Ziraldo, pô:
Obviamente, o Ziraldo:
A pauta estava anotada. Nunca desenvolvi. Na verdade, é menos uma pauta e mais uma hipótese pra estudo: juntando estes exemplos, daria para identificar uma linha sucessória no quadrinho brasileiro? Esse é o traço brasileiro? Que começa no Ziraldo? Começa no Colin? Começa antes? Começa em algum lugar?
Guardei para um dia em que tivesse tempo para elaborar as perguntas e enviar para gente que, primeiro, desenha e, segundo, sabe falar sobre desenho. Nunca aconteceu.
Corta para sábado passado, quando Ziraldo faleceu. Flávio Pinto, jornalista do Estadão, me pediu uma declaração. Perguntei quanto tempo eu tinha. Ele me deu dez minutos. Lembrei daquela minha anotação de pauta e, em quinze minutos (desculpa), saiu isso:
“Se dá para dizer que os quadrinhos têm um traço tipicamente brasileiro, a origem desse traço é o Ziraldo. Eu creio que ele bebeu muito na arte de Candido Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral para chegar na sua concepção gráfica, assim como, hoje, Gabriel Bá, Jefferson Costa, Ilustralu e tantos outros bebem no Ziraldo. Ele estava lá na formação do quadrinho brasileiro, concebeu essa síntese gráfica. Por isso eu acredito que ele seja a maior referência do quadrinho no Brasil.”
Saiu aqui, ainda no sábado. As duas últimas frases foram cortadas, talvez sabiamente, porque o jornalista pode ter entendido como exageros no calor do momento. Podem ter sido.
Mas olha só os corpos do Portinari:
De Di Cavalcanti:
Da Tarsila do Amaral:
E do Ziraldo:
O Ziraldo, né:
Há discípulos diretos do Ziraldo. Tem desenhistas que foram assistentes no estúdio do Ziraldo, tem os que trabalharam com ele n’O PASQUIM ou na BUNDAS. Tem desenhista que estudou o traço do Ziraldo. Tem desenhista que só respirou Ziraldo e expirou Ziraldo sem perceber, porque Ziraldo faz parte do ar quando você é desenhista no Brasil.
Teve essa declaração do Thiago Krening: “Tenho pra mim que é impossível ser ilustrador, quadrinista ou cartunista no Brasil e não ter influência do Ziraldo.” O que é curioso, porque quando estou pensando em desenhistas que me lembram o Ziraldo, Krening não é dos primeiros que me vêm à cabeça. Ele usa mais ângulos e menos curvas, quem sabe? Ou é mais certinho que o Ziraldo?
Também não vejo tanto Ziraldo em Marcello Quintanilha ou Ana Koehler, por exemplo. Nem no Mike Deodato, nem na Bilquis Evely, nem no Lucas Werneck. No Marcelo D’Salete, um pouco. Na Helô D’Angelo, mais. No Vitor Cafaggi, às vezes, mas nem sempre. André Dahmer é outra síntese, Allan Sieber é outra coisa, Fabiane Langona também.
Mas sigo vendo muito Ziraldo em Colin, Bá, Jefferson Costa, Cobiaco, Nunes, Eiko. E na Ilustralu, que começou essa ideia. É óbvio que nenhum deles parte de uma referência só e que todo estilo de desenho é uma soma de elementos que vai além de referências. Mas quero entender o que eu enxergo de comum neles.
Eu não sou desenhista, nem professor de desenho. Como falei antes, queria jogar essa hipótese pra quem é desenhista e sabe falar de desenho: existe essa linha sucessória - olhaí o jogo com linha, com traço - no desenho brasileiro, principalmente de quadrinhos? Dá para dizer que esse é um traço brasileiro, que se formou no Brasil? Ziraldo é o ponto de partida? Colin? Existe ponto de partida? Os artistas plásticos foram referência para os artistas gráficos?
Já conversei com algumas pessoas. Ouvi “não”s bem categóricos. Ouvi “talvez”es. Ouvi “não”, aí mostrei as imagens e a pessoa fez “Hmmm, esquece o que eu disse.” Me lembraram de nomes que eu conhecia pouco, como o Fortuna, “o cartunista dos cartunistas”. Que eu precisava falar mais do Henfil, do Millôr, do Jaguar e do Saul Steinberg. Defenderam para mim que nem o Brasil nem país nenhum tem traço típico no cartum. E que talvez tenha uma coisa maior, de América Latina, no traço do Ziraldo e outros.
Mas isso tudo fica para a semana que vem, porque já esgotei o espaço só para introduzir o assunto.
Só vou adiantar a contribuição de uma pessoa a quem perguntei sobre Ziraldo, o correspondente internacional mal remunerado da virapágina: André Valente. Valente já me mandou outro texto brilhante quando faleceu Joe Matt…
…e eu tenho que parar de perguntar a opinião dele só quando morre gente. Pergunto de novo quando nascer um quadrinista.
Valente não respondeu tudo que eu perguntei. Mas o texto que ele me enviou, como eu já disse, é brilhante e ele me autorizou a compartilhar:
O traço do Ziraldo foi o primeiro que eu aprendi a reconhecer antes de ver a assinatura. Muitas vezes não precisava nem de desenho.
Coisa impressionante sobre o Ziraldo 1: todo aspecto do desenho é em si uma assinatura.
Eu lembro de aprender a escrever copiando a tipografia dele, as letras ‘O’ com olhos quadrados, os ‘R’ com caudas curvas, e aqueles ‘S’ quase retos, menos curvos que o normal, irredutíveis.
Coisa impressionante sobre o Ziraldo 2: tudo é desenho. Tudo que não é desenho é tão importante quanto o desenho e, se for bem feito, vira desenho também.
Existem mil Ziraldos. Existem mil tipografias do Ziraldo, e cada uma adequada à mensagem da história, da charge, do cartaz, do livro. Quem diz que é tudo a mesma coisa não prestou atenção. Se alguém grita numa charge do Ziraldo, grita numa fonte diferente de quem sussurra. O mesmo vale pro traço. A linha grossa, fina, e todas no meio do caminho. Nunca vi um artista fazer uma linha reta cantar como ele fazia. Um homem com fome não é hachurado da mesma forma que um general. Os balões vão combinar com a letra, que combina com o desenho, exceto quando, de propósito, nada combina, e tudo fica ainda mais gracioso. As cores então, são todas diferentes. Ninguém pinta dessa forma. A cada desenho nasce um artista diferente e todos eles são parentes do Ziraldo.
Coisa impressionante sobre o Ziraldo 3: a mensagem vem antes, e manda no estilo. O estilo só obedece.
Eu nunca copiei, estudei e analisei um traço mais do que o do Ziraldo. Não existe outro desenho sobre o qual eu tenha me debruçado mais do que o desenho do Ziraldo. Mas uma coisa que a gente aprende rápido é que o vocabulário gráfico dele é único, e só pertence a ele. Bastava eu fazer uma mão no estilo do Ziraldo que alguém dizia: essa mão não é sua, é do Ziraldo. Tentei por anos desalinhar os pés dos personagens como ele, e sempre perceberam. Hachure uma calça como o Ziraldo em segredo e a segunda pessoa pra quem você mostrar vai abrir um escarcéu. Fiz aula de quadrinho de super-herói e Roger Cruz comentou sobre um desenho meu: tem Ziraldo aí no seu traço.
Coisa impressionante sobre o Ziraldo 4: o estilo do Ziraldo é terra queimada. Pode até ter sido feito antes, mas depois de passar por Ziraldo, pertence a Ziraldo. E só Ziraldo pode desenhar como Ziraldo.
Vinte e poucos anos atrás eu fui a uma palestra do Quino e quem mediou foi o Ziraldo. Falou mais que o palestrante. Na hora das perguntas, Ziraldo respondia por Quino. Ao fim, Quino falou que, como tímido, era um alívio ter um falastrão como Ziraldo pra lhe livrar a barra.
Mas teve um antes. Eu cheguei cedo antes da palestra, peguei autógrafo do Quino e aproveitei pra ver uma exposição de quadrinhos no térreo (era num SESC? Acho que era. Qual SESC? Não lembro.) Enquanto eu babava sobre originais do Hal Foster e do Jack Kirby, percebo alguém olhando por cima do meu ombro. Era Ziraldo, meu ídolo de infância, de coletinho e tudo. Ele apontou pro Kirby e me perguntou: “Sabe quem desenhava bem assim, desse jeitinho?” Eu queria parecer sabido de história em quadrinhos, e dei uns dois ou três chutes. “Buscema? Eisner?” Ele ficou chateado, fez um muxoxo e levantou as mãos “Eu! Eu desenhava assim!”. E foi embora. Foi a última vez que nos encontramos.
Coisa impressionante sobre o Ziraldo 5: a lenda Ziraldo se torna, eventualmente, tão importante quanto a obra.
Toda vez que eu desenho eu penso em, pelo menos, três dessas coisas impressionantes. Toda vez que eu assino um desenho eu preciso verificar se o estilo obedece à mensagem, se a letra está tão bonita quanto o desenho ou se meu traço não está Ziraldo demais. (Ninguém gostamos de admitir, mas também tem sempre uma voz que pergunta se o que a gente faz é adequado à mitologia que criamos para nós mesmos.)
Mas se o Ziraldo ensina algo é a começar do zero, um novo artista em cada desenho, encontrar algo tão grandioso em si mesmo que possa ser reproduzido no traço. E se for pra copiar, roubar como um artista, como Picasso dizia. Transformar de tal forma que esqueçamos que foi feito antes. Um estilo que vai além, que vira uma assinatura, isso não se encontra, isso se constrói. E que trabalho colossal. Verdade que faltava modéstia ao velho Zira. Mas, para mim, o mais impressionante é que ele criou uma obra que fazia jus à imagem que ele tinha de si mesmo.
Obrigado de novo ao André Valente. Valente lança sua adaptação de A ILHA DO TESOURO, de Robert Louis Stevenson, pela editora espanhola BANG agora em maio. Só na Europa, por enquanto. Que alguém se ligue de publicar autor brasileiro no Brasil.
Pulei meu diário de trabalho na semana passada porque tinha sido uma semana de fracasso. Esta semana foi um pouco melhor. Terminei coisas.
Terminei a primeira fase da tradução de FEEDING GHOSTS. Que comecei em [confere Excel]… outubro! Caramba. Mas explico: a tradução ficou parada, a pedido da Quadrinhos na Cia., enquanto eu trabalhava em SAPIENS 3 e MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO 2. E é um livro pesadão, 380+ páginas de texto denso. Agora, revisões.
FEEDING acabou de sair nos Estados Unidos e está ganhando as primeiras resenhas.
Terminei a primeira fase do PROJETO CAMALOTE. Foram 74 na semana passada, faltaram 51 para esta semana. Tem um mês e meio de revisões pela frente. Acho que não vou fazer livro maior este ano.
Terminei todos os quadrinhos do PROJETO MADDOC, que foi anunciado oficialmente pela editora: é CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8, mais um Omnibus do Conan. Terminei mesmo, inclusive com revisões, e estão entregues. Mas, porém, contudo, descobri que tem um livro inteiro nos extras do Omnibus que eu ainda preciso traduzir. Já foram 56 laudas. Não sei o total, mas estou temendo que chegue a umas 150. Tenho que entegar em duas semanas.
Falando em Conan, na semana passada participei do podcast/mesacast SEMANA SELVAGEM, para falar somente de tradução de Conan. Ótimas perguntas, inclusive de um tradutor que também já fez muito Conan: Duda Ferreira. Foi divertido, foi bem específico, foi menos selvagem do que eu esperava e ainda fico surpreso que tenha tanta gente pensando em Conan em Pelotas. Obrigado pelo convite e não vou dar o link porque odeio me ver em vídeo.
Também terminei e entreguei um trabalho um pouco mais rápido, que é a revisão da tradução de INVISÍVEIS: EDIÇÃO DE LUXO vol. 1. Minha primeira tradução do material, a das edições não-de-luxo, está fazendo dez anos. Lembro de umas críticas (educadas e não) que recebi quando a coleção saiu e pedi para rever antes que republiquem. Obrigado ao editor Fabiano Denardin por topar minha revisão. O volumão novo tem 300+ páginas, pega o primeiro volume e metade do segundo da coleção antiga. A previsão de lançamento era para este mês, mas acho que sai no mês que vem.
Entrou no ar o que eu vinha chamando de PROJETO WALLACE: é um site sobre CHUMBO, o quadrinho de Matthias Lehmann que foi lançado há pouco pela editora Nemo (com tradução de Fernando Scheibe e Bruno Ferreira Castro). Foi um convite da editora para fazer uma espécie de annotations do livro, mostrando os pontos importantes da história do Brasil que o quadrinho cita, cruzar com a linha do tempo dos personagens - e falar do processo de produção do quadrinho, a partir de uma entrevista que fiz com Lehmann e do material de referência que ele enviou.
O site ficou foda. Mas sou um dos pais, então sou suspeito pra falar.
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links.
As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
em abril
LADRAS, Lucie Bryon, risco [tradução minha e de Ilustralu]
ROAMING, Mariko Tamaki e Jillian Tamaki, nversos [tradução minha e de Ilustralu]
CONAN, O BÁRBARO 2, Jim Zub, Roberto de la Torre, panini
A BRIGADA DOS ENCAPOTADOS, K.W. Jeter, John K. Snyder III, Dave Louapre, Dan Sweetman, Alisa Kwitney, Guy Davis, John Ney Rieber, John Ridgway, panini
SURFISTA PRATEADO: LIBERDADE [EPIC COLLECTION], Stan Lee, John Byrne, Steve Englehart, Marshall Rogers, Joe Rubinstein, Joe Staton, Jack Kirby e outros, panini
LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 3, Mike Carey, Peter Gross, Ryan Kelly, Dean Ormston, Craig Hamilton, David Hahn, Ted Naifeh, panini
O UNIVERSO DE SANDMAN: PAÍS DOS PESADELOS vol. 2, James Tynion IV, Leandro Estherren, Patricia Delpeche, Maria Llovet, panini
VAMPIRO AMERICANO: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 5, Scott Snyder, Rafael Albuquerque, Tula Lotay, Francesco Francavilla, panini
SANDMAN APRESENTA VOL. 10: BRUXARIA, James Robinson, Peter Snejbjerg, Michael Zulli, Steve Yeowell, panini
CHEW: O SABOR DO CRIME VOL. 4: RECEITAS DE FAMÍLIA, John Layman e Rob Guillory, devir
KULL: A ERA CLÁSSICA VOL. 2, Roy Thomas, Don Glut, Gerry Conway, John Severin, Marie Severin e outros, panini
em maio
A MANSÃO HOLLOW, Agatha Christie, harpercollins brasil
O GATO PETE E OS BOLINHOS DESAPARECIDOS, James Dean e Kimberly Dean, harpercollins brasil
CONAN, O BÁRBARO 3, Jim Zub, Dale Eaglesham e outros, panini
STRANGER THINGS: KAMCHATKA, Michael Moreci e Todor Hristov, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 1, Grant Morrison, Steve Yeowell, Steve Parkhouse e vários, panini
POR ORDEM DOS PEAKY BLINDERS, Matt Allen, culturama (em novo formato)
em junho
LORE OLYMPUS VOL. 4, Rachel Smythe, suma
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
É o quinto livro do Gato Pete que eu traduzo. Todos são curtinhos, pouquíssimo texto, mas sempre um desafio. Ou tem rimas ou um linguajar informal que tem que ser bem calibrado para as crianças, ou as duas coisas. No caso desse, foram as duas coisas. Está em pré-venda.
vem aí
SHORTCOMINGS, Adrian Tomine, nemo
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
SENHOR DAS MOSCAS, Aimée de Jongh, suma
O ABOMINÁVEL SR. SEABROOK, Joe Ollmann, quadrinhos na cia.
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO 2, Emil Ferris, quadrinhos na cia.
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Gauld
+ Dan Clowes
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Guilherme Karsten
+ Oliver Jeffers
+ Mac Barnett
+ Gato Pete
+ Mike Birchall
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Você leu a virapágina, newsletter de Érico Assis. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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Que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Sensacional este texto sobre o traço brasileiro. Tu mencionou que não é professor de desenho, eu sou. Não sei apontar qual a origem desse traço, nem dizer se Colin e Ziraldo bebem um do outro ou de uma fonte em comum. Mas, trabalho em aula a evolução do traço do Colin. Como Colin, na busca por um traço pessoal construiu um traço que sintetiza tanta coisa que a gente associa ao desenho brasileiro. Tenho material para um possível mestrado, talvez um dia possamos papear sobre isso. Essas linhas ficariam cansativas se eu tentasse resumir. Bom demais encontrar seu texto. Parabéns.
Talvez a melhor edição da news até aqui. Viva Ziraldo!