PONTOS FRACOS, de Adrian Tomine, já está circulando por aí. É a minha terceira tradução de Tomine, depois de INTRUSOS e A SOLIDÃO DE UM QUADRINHO SEM FIM - todos para a editora Nemo.
PONTOS FRACOS é o único quadrinho “longo” de Tomine. Ele é um autor de contos, de histórias de vinte páginas, às vezes menos. Também é muito bom em vinhetinhas, quase tiras, como as de SCENES FROM AN IMPENDING MARRIAGE. E excelente em contar histórias com uma imagem só, como nas suas capas pra New Yorker. Tecnicamente, A SOLIDÃO DE UM QUADRINHO SEM FIM é um quadrinho longo, mas leia e você vai ver que é uma coleção de vinhetas.
PONTOS FRACOS tem suas cento e poucas páginas, uma graphic novel legítima. Que acompanha a vida de um personagem só, Ben Tanaka. Que é - com o perdão da rima - um babaca.
Dá para dizer que é o trabalho mais famoso de Tomine? Bom, virou filme, com roteiro do próprio. Que já circulou por uns streamings no Brasil com o título CAMINHOS TORTOS.
Eu não sabia dessa tradução do filme quando propus a tradução do quadrinho. Mas vou falar do título lá na frente.
Antes, quero falar do trecho de PONTOS FRACOS que me tomou mais tempo na tradução. Da página 57.
Especificamente ali no terceiro e quarto quadro dessa sequência:
“Haven’t you ever heard that stupid joke? Uh… ‘what’s the difference between asian and caucasian men?’”
“I wouldn’t know.”
“‘The cauc.’”
É uma piada baseado em um jogo de palavras. “Qual é a diferença entre asian e caucasian men?” “Caucasian” vira “asian” quando você tira “cauc”. O “cauc” é o cock. O pau.
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