035: OS TRÊS MIL
o mercado brasileiro de quadrinhos | errata | minha semana | capitalismo | páginas viradas
Ontem o correio me entregou uma caixa da editora Pipoca & Nanquim. Tinha dois quilos e meio, por aí. Quatro quadrinhos: O DIÁRIO DO MEU PAI, KILL CARA-DE-CÃO, OS EXÉRCITOS DO CONQUISTADOR e A ESTRADA.
O primeiro é um mangá de Jiro Taniguchi (1947-2017), meu segundo preferido do sensei. Está longe de ser o mangá mais pop nas livrarias, mas é um clássico. CARA-DE-CÃO é um dos derivados de INCAL que os gríngous estão fazendo, acho eu, pra atiçar papo sobre um filme de INCAL em roliú. CONQUISTADOR é um dos pouquíssimos álbuns de Jean-Pierre Dionnet (com Jean-Claude Gal) que já apareceu por aqui, uma ficção histórica. A ESTRADA é a adaptação do livro de Cormac McCarthy por Manu Larcenet que já comentei em outra virapágina.
Todos eram inéditos no Brasil. A ESTRADA tem lançamento praticamente simultâneo com a Europa. Fora Taniguchi, todos saíram em capa dura.
Há cinco anos, se você perguntasse a qualquer pessoa que acompanha o mercado brasileiro de quadrinhos se previa quatro lançamentos como estes em 2024, a pessoa ia rir da sua cara. Os quatro pela mesma editora? Pff.
Mas aí estão. E não é só a Pipoca & Nanquim. A Comix Zone fechou 2023 com quadrinhos de fantasia argentinos, clássicos italiano e espanhol, resgates brasileiros e quadrinho experimental francês. Todos em capa dura. A Darkside também só lança HQ em pacote luxuoso, e o conteúdo vai de Image Comics a graphic novel sueca. A Panini lançou dois Omnibus por mês no ano passado.
Se você falasse no mercado de hoje há cinco anos, você seria chamado de louco. Se você contasse que a maioria desses gibis custa mais de R$ 100? A pessoa hipotética de 2019 ia ficar de olhos arregalados, engolir em seco e fazer uma pergunta com medo: quem compra quadrinho em 2024?
(Se você for a 2019, recomendo não avisar da pandemia - a não ser que a pessoa tenha como impedir.)
O IMPÉRIO DOS GIBIS, livro de Manoel de Souza e Maurício Muniz sobre a história dos quadrinhos na Editora Abril, tem um trecho que eu adoro:
É 1998 e os gibis de X-Men e Homem-Aranha, que antes vendiam na faixa dos 80 mil exemplares por mês, caíram para a casa dos 20 mil. Por quê? O editor Sergio Figueiredo vai consultar um superior na Abril, o superior encomenda uma pesquisa e vem com o veredito: “O seu mercado não é mais de massa. Agora é de nicho.”
Foi um ponto de virada dos quadrinhos no Brasil. O motivo pode ter sido o Plano Real (1994), que estabilizou a economia para os moleques gastarem mais em videogame e outras coisas mais caras que gibi – o entretenimento barato por excelência desde 1940 e bolinha até ali.
Vieram outras mudanças na virada do século e nos primeiros anos do XXI. Nunca foi só um fator, mas vários em conjunto. Teve a chegada da Panini, uma multinacional com poder de investimento gigante para encher as bancas de gibi. Teve o movimento de cavar espaço nas livrarias para os quadrinhos, princpalmente por investimento da Conrad. Antes eles tinham uma prateleira, depois viraram uma estante, hoje são “espaço geek”.
Apareceram os mangás. Teve a internet se espalhando até estourar no celular. Teve o crescimento do comércio eletrônico. Teve o PNBE. Teve todo grupo editorial no Brasil abrindo selo de quadrinhos. Teve os eventos com cem mil participantes. Teve a chegada do Catarse. Teve a chegada da Amazon. O YouTube e os gibitubers. Teve a Pipoca & Nanquim.
Hoje o mercado brasileiro de quadrinho se desenha mais ou menos assim: mangás que vendem aos borbotões, às vezes batendo nos 100 mil de antes da nichização; e O Resto. O Resto inclui colecionadores de super-heróis e assemelhados; os leitores que curtem essa variedade inédita de quadrinho francobelga, quadrinho espanhol, quadrinho sueco, quadrinho independente estadunidense, resgate histórico; e, num cantinho, quem lê o quadrinho brasileiro moderno.
Às vezes se fala, meio brincando, meio sério, que O Resto são três mil leitores. Ou 0,001% da população do Brasil. Também se brinca que esses 3000 se conhecem.
Talvez sejam mais. Talvez sejam menos. É o nosso gueto, o gueto dos quadrinhos. O Resto.
Entre O Resto, o papo principal dos últimos tempos é: gibi está caro. Gibi está muito caro.
Se somar os preços de capa dos quatro quadrinhos que eu recebi naquela caixa da Pipoca & Nanquim, o total dá R$ 425,60. Ou seja: na média, mais de R$ 100 por volume. Tem variantes na composição de preço de cada um: custo gráfico diferente, custo de produção editorial diferente, custo de licenciante diferente. Mas é isso: cada um custa, em média, 3,5% do salário mensal médio brasileiro (R$ 2979). Se comprar os quatro, vai um naco de 14%.
Não são os quadrinhos mais caros do Brasil, nem são os mais baratos. Ainda há gibis de R$ 10. Os mangás e os de heróis ficam perto dos R$ 50. Os quatro da P&N são representativos da grande maioria, que brigam com os custos para ficar na faixa dos R$ 100. Há os omnibus de R$ 300, 400, 600.
Leve-se em conta que o fator colecionismo é forte, então, seja você dos mangás ou d’O Resto, você não compra três ou quatro desses gibis por ano. Você compra trinta, quarenta, sessenta, cem, mais.
Mais uma vez, são vários fatores que levam o gibi a ficar caro: crise econômica brasileira, crise cambial, papel virou commodity e tem monopólio, aumentos salariais estão longe de acompanhar a inflação.
E o círculo vicioso: o preço do quadrinho aumenta, menos gente compra, então se faz menos quadrinho pra menos gente, o preço aumenta porque a tiragem é menor, aí menos gente compra…
E tem outro fator aí no meio, que é positivo para alguns e negativo para outros: pouca gente compra esses quadrinhos pelo preço de capa. Eles são vendidos com desconto na internet, principalmente na Amazon. Já virou praticamente regra entre os leitores d’O Resto que 30% é o mínimo aceitável de abatimento.
Poucas lojas conseguem diminuir seu faturamento e fazer descontos desse tamanho. Quando a Amazon faz descontos de 50 ou até 70%, então, leitores comemoram e livrarias fecham. A ideia de uma Amazon como livraria única – que venderá os livros e quadrinhos que quiser e não vai vender os que não quiser, com os descontos ou não descontos que quiser – fica mais real.
Há quem diga que o quadrinho lançado no Brasil em 2024 a R$ 100 é um quadrinho que devia custar R$ 70, que a editora inflacionou de olho na venda com desconto. Não acredito nessa conta. Acredito na conta da Amazon diminuindo seu faturamento para concorrer com as outras lojas no preço. E quebrar as lojas.
(Fico com inveja das pessoas que vêm me dizer: “Quando acontecer isso, vem uma concorrente peitar a Amazon, porque: capitalismo!” Fico com inveja porque minha cabeça não dá conta de uma concorrente peitar uma empresa de US$ 1.810.000.000.000. Queria ver o capitalismo assim.)
Na última semana, aconteceram vários papos entre O Resto sobre o preço inflacionado, os descontos predatórios e o monopólio da Amazon. Participei de alguns. Ainda acho que o problema maior que causa todos os outros é o baixo índice de leitura no Brasil. Por isso eu acredito quando dizem que O Resto são três mil leitores. Queria que me convencessem do contrário.
Falou-se também que a Amazon resolveu um problema de acesso em regiões do país com deficiências de distribuição, onde quadrinhos chegavam com frete caro ou proibitivo. Não veio só da Amazon; foram outras lojas online que montaram essa malha de distribuição. Também não foi bom-mocismo de levar leitura pro povo. Como resumiu bem um amigo, a malha que surgiu nos últimos foi feita para levar celular, blusinha, tênis e air fryer; os livros e os quadrinhos só têm pegado carona.
Com outro amigo, conversei sobre o mito das editoras que inflacionam o preço contando com o desconto da Amazon. É mito ou não é? Segundo ele, com muito mais experiência de mercado, inflar o preço seria burrice. O que tem, isto sim, são editoras que lançam quadrinhos caros porque o desconto existe.
Em resumo, ele colocou: sem Amazon e sem descontos o quadrinho de R$ 100 não sairia mais caro nem mais barato. Simplesmente não sairia. Não existiria.
Os lançamentos de O DIÁRIO DO MEU PAI, KILL CARA-DE-CÃO, OS EXÉRCITOS DO CONQUISTADOR e A ESTRADA no mercado brasileiro de quadrinhos de 2024 - em um mês só, da mesma editora - são um susto se você olhar o mesmo mercado há cinco anos.
Assim como assusta ver uma seleção de quadrinhos como DAMASCO, A TRILOGIA, O GRANDE VAZIO, HONEY BUZZARD, PIM & FRANCIE, GOGO MONSTER, LITTLE NEMO, NICK CAVE, DECLÍNIO DE UM HOMEM, TERRY E OS PIRATAS, PATOS, PROFANAÇÃO ECUMÊNICA, NAS ÍNDIAS TRAIÇOEIRAS, JEREMIAS: ESTRELA, uma coleção luxuosa de KEN PARKER, um omnibus de ADAM WARLOCK e a BIBLIOTECA MAURICIO DE SOUSA. Pra ficar só no último ano.
Em 2019, ninguém acreditaria nessa variedade, nesse luxo e nesses preços. Principalmente na variedade. Se uma bola de cristal mostrasse isso em 2019, você jogaria a bola longe.
Pouco ou nada disso existiria sem o contexto dos últimos anos. Inclusive os descontos predatórios.
E isso tudo vende? Eu não sei. A cada ano surgem mais editoras, e as que já existem aumentam a produção. Torço que as contas delas estejam certas. Torço que essa febre de mangá – que não existia nessa proporção em 2019 – continue. Torço que O Resto seja maior que 3000. E que cresça.
O que dizer sobre 2029? Só vamos ler quadrinho digital num Vision Pro da Shopee? Alguém vai publicar BUILDING STORIES em português? A Amazon só vai vender Bíblias e Como Ficar Rico Bitcoin? Tudo isso vai ser irrelevante, porque estaremos vivendo dentro de A ESTRADA?
Se você se pautar pelos últimos cinco anos, daqui a cinco dá para acreditar até que vai existir concorrente da Amazon. Se ainda estivermos aqui, nos falamos em 2029.
Quadrinhos citados no texto, em ordem alfabética - com links da Amazon (na maioria), para a coisa ficar irônica/trágica:
ADAM WARLOCK OMNIBUS, de Jim Starlin e companhia, trad. Ludmila Barros, Rodrigo Barros e Fernando Lopes (panini)
BIBLIOTECA MAURICIO DE SOUSA (panini)
BUILDING STORIES, Chris Ware (pantheon)
DAMASCO, Lielson Zeni e Alexandre S. Lourenço (brasa)
O DECLÍNIO DE UM HOMEM, Junji Ito e Osamu Dazai, trad. Lucas Cabral (jbc)
O DIÁRIO DO MEU PAI, Jiro Taniguchi, trad. Drik Sada (pipoca & nanquim)
A ESTRADA, Manu Larcenet e Cormac McCarthy, trad. Fernando Paz (pipoca & nanquim)
OS EXÉRCITOS DO CONQUISTADOR, Jean-Pierre Dionnet e Jean-Claude Gal, trad. Fernando Paz (pipoca & nanquim)
GOGO MONSTER, Taiyo Matsumoto, trad. Arnaldo Oka (devir)
O GRANDE VAZIO, Léa Murawiec, trad. Fernando Paz (comix zone)
HONEY BUZZARD, Aimée de Jongh, trad. Andressa Lelli (conrad)
O IMPÉRIO DOS GIBIS, Manoel de Souza e Mauricio Muniz (heroica)
JEREMIAS: ESTRELA, Rafael Calça e Jefferson Costa (panini)
KEN PARKER (coleção), Berardi & Milazzo, trad. Julio Schneider (mythos)
KILL CARA-DE-CÃO, de Brandon Thomas e Pete Woods, trad. Marilia Toledo (pipoca & nanquim)
LITTLE NEMO VOL. 2, Winsor McCay, trad. Cesar Alcazar (figura)
NAS ÍNDIAS TRAIÇOEIRAS, Alain Ayroles e Juanjo Guarnido, trad. Renata Silveira (nemo)
NICK CAVE: PIEDADE DE MIM, Reinhard Kleist, trad. Augusto Paim (hipotética)
PATOS, Kate Beaton, trad. Caroline Chang (wmf)
PIM & FRANCIE, Al Columbia, trad. Bruno Dorigatti (darkside)
PROFANAÇÃO ECUMÊNICA, Josh Simmons (monstra)
SPA (a "graphic novel sueca"), Erik Svetoft, trad. Guilherme da Silva Braga (darkside)
TERRY E OS PIRATAS VOL. 1, Milton Caniff (jbraga)
A TRILOGIA, Guido Buzzelli, trad. Fernando Paz (hqueria)
Uma ERRATA na virapágina. O leitor Márcio Paixão Júnior - também quadrinista, também roqueiro, também editor da MMarte, duas campanhas no Catarse neste momento, recomendo as duas - apontou, educadamente, dois erros na última edição.
O primeiro: Odyr, quando fala da expressividade brasileira, cita “Julio Shimamoto, Colin, Ofeliano...”. Ilustrei com páginas dos dois primeiros e, em vez de usar uma página de Ofeliano de Almeida, usei por engano uma de seu contemporâneo Olendino Mendes.
Não só isso: Márcio disse que a confusão entre os dois artistas que têm nome com O é recorrente, e que talvez o próprio Odyr (outro O) houvesse confundido.
Perguntei para o Odyr e conferimos as fichas dos dois na Lambiek Encyclopedia: Ofeliano e Olendino. Odyr acha que se confundiu também: queria falar da expressividade do Olendino, citou Ofeliano. A imagem estava certa, a atribuição estava errada.
Segundo erro: Jota Carlos, ou J. Carlos (1884-1950), citado por Rafael Coutinho, até prova em contrário, nunca desenhou O Amigo da Onça. O Amigo ficou famoso, sim, no traço de Péricles (1924-1961).
Lamento o erro - que foi meu, pois não revisei o que os entrevistados falaram - e corrigi as duas informações no arquivo da virapágina. Obrigado ao Márcio, que, repito, tem as campanhas de DE LÁ NÃO SE VIA A LUZ e de ATLAS E DANTE no Catarse neste momento.
Minha semana começou com a última entrega de CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8. Está pronto. Tive que abdicar de uns trechos nos extras, que vão para as mãos de um tradutor experiente. Tiro a cabeça da Era Hiboriana por uns dias, semana que vem eu volto.
150 páginas do PROJETO TAURUS. Primeira fase da tradução fechada. É um quadrinho.
73 páginas do PROJETO GOLFINHOS. Também é quadrinho. Ainda falta muito.
86 laudas revisadas do PROJETO CAMALOTE. Ainda a passo devagar.
Meu CURSO PRÁTICO DE TRADUÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (Turma 3) começa em 11 de junho. Meu CURSO PRÁTICO DE TRADUÇÃO DE LIVROS (Turma 10) começa em 16 de julho. Ambos na LabPub.
Gravamos um Notas dos Tradutores. Sai no domingo.
Preciso retomar o PROJETO PIXO. Preciso retomar FEEDING GHOSTS. Preciso escrever uma resenha até terça-feira. Estou devendo texto para um livro há um mês. Semana que vem ia rolar uma viagem e dias de descanso. Vou ter que levar o computador.
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
em abril
LADRAS, Lucie Bryon, risco [tradução minha e de Ilustralu]
ROAMING, Mariko Tamaki e Jillian Tamaki, nversos [tradução minha e de Ilustralu]
CONAN, O BÁRBARO 2, Jim Zub, Roberto de la Torre, panini
LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 3, Mike Carey, Peter Gross, Ryan Kelly, Dean Ormston, Craig Hamilton, David Hahn, Ted Naifeh, panini
em maio
A MANSÃO HOLLOW, Agatha Christie, harpercollins brasil
O GATO PETE E OS BOLINHOS DESAPARECIDOS, James Dean e Kimberly Dean, harpercollins brasil
CONAN, O BÁRBARO 3, Jim Zub, Dale Eaglesham e outros, panini
STRANGER THINGS: KAMCHATKA, Michael Moreci e Todor Hristov, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 1, Grant Morrison, Steve Yeowell, Steve Parkhouse e vários, panini
A BRIGADA DOS ENCAPOTADOS, K.W. Jeter, John K. Snyder III, Dave Louapre, Dan Sweetman, Alisa Kwitney, Guy Davis, John Ney Rieber, John Ridgway, panini
VAMPIRO AMERICANO: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 5, Scott Snyder, Rafael Albuquerque, Tula Lotay, Francesco Francavilla, panini
O UNIVERSO DE SANDMAN: PAÍS DOS PESADELOS vol. 2, James Tynion IV, Leandro Estherren, Patricia Delpeche, Maria Llovet, panini
SURFISTA PRATEADO: LIBERDADE [EPIC COLLECTION], Stan Lee, John Byrne, Steve Englehart, Marshall Rogers, Joe Rubinstein, Joe Staton, Jack Kirby e outros, panini
SANDMAN APRESENTA VOL. 10: BRUXARIA, James Robinson, Peter Snejbjerg, Michael Zulli, Steve Yeowell, panini
KULL: A ERA CLÁSSICA VOL. 2, Roy Thomas, Don Glut, Gerry Conway, John Severin, Marie Severin e outros, panini
POR ORDEM DOS PEAKY BLINDERS, Matt Allen, culturama (em novo formato)
CHEW: O SABOR DO CRIME VOL. 4: RECEITAS DE FAMÍLIA, John Layman e Rob Guillory, devir
em junho
LORE OLYMPUS VOL. 4, Rachel Smythe, suma
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
Minha décima tradução de Agatha Christie. Gosto muito de escrever as notas no final do livro para contextualizar os leitores quanto à época. Em A MANSÃO HOLLOW, escrevi notas sobre o jogo de cartas Animal Grab, sobre o uso da palavra “nigger” (apagado até das versões atuais do livro em inglês), sobre uma frase famosa da Rainha Vitória (ou não) e expliquei que as 342 libras pagas por um anel de noivado em 1946 equivalriam a mais de 17 mil libras em 2024. O livro sai em maio.
vem aí
SHORTCOMINGS, Adrian Tomine, nemo
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
SENHOR DAS MOSCAS, Aimée de Jongh, suma
O ABOMINÁVEL SR. SEABROOK, Joe Ollmann, quadrinhos na cia.
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO 2, Emil Ferris, quadrinhos na cia.
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Gauld
+ Dan Clowes
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Guilherme Karsten
+ Oliver Jeffers
+ Mac Barnett
+ Gato Pete
+ Mike Birchall
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Detalhe de uma página de HELEN OF WYNDHORN n. 2. Desenhos de Bilquis Evely, cores de Mat Lopes, roteiro de Tom King. Vi aqui. Queria que fosse um quebra-cabeça de 1000 peças.
Apareceu um scan de KRAMERS ERGOT n. 7, o quadrinho gigantão que eu tento comprar há 15 anos. Estou olhando aos poucos. Este é um trecho da página do Seth. A página completa é assim:
KRAMERS ERGOT n. 7 saiu em 2008 e custava US$ 75. Hoje, na única oferta em que encontrei, custa US$ 980. Vou ficar no scan e no zoom do computador. Provavelmente falo mais a respeito outro dia.
Quatro páginas de BOA NOITE PUNPUN vol. 1 (capítulo 19), de Inio Asano. Comecei a ler há anos, larguei porque não aguentava tanta desgraça. Voltei para encarar os sete volumes. Estou no quarto.
Laerte, aqui.
Paulo Moreira, aqui.
No aniversário da melhor fã de Scott Pilgrim do planeta, sábado.
Você leu a virapágina, newsletter de Érico Assis. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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Apesar do título de hoje, esta newsletter ainda não tem 3000 leitores. Mas estamos perto.
Que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Que excelente texto, Érico! Sempre gosto muito de ler você falando sobre mercado editorial, são meus textos preferidos.
E nos vemos no seu curso de tradução de quadrinhos, tô ansioso!
Mais um excelente texto, Érico! Acho muito importante esse debate sobre as publicações de quadrinhos no Brasil, sua distribuição, o difícil mesmo é chegar em uma solução, mas enfim o debate é sempre válido.