012: KATE BEATON E O HUMOR ESSENCIAL
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Entrevistei Kate Beaton, a autora de PATOS: DOIS ANOS NOS CAMPOS DE PETRÓLEO, por e-mail. Adoro o trabalho de Beaton desde os tempos em que ela inventou o humor da internet e tenho meus HARK! A VAGRANT e STEP ASIDE, POPS pra provar. Tirar uma história engraçada da Kate Beaton sobre seu amigo tocador de gaita de fole é um dos auges da minha carreira.
Em PATOS, Beaton conta sua experiência na indústria de extração de petróleo cru das areias betuminosas do Canadá. Com 21 anos, num local onde a proporção de homens para mulheres chegava a cinquenta para uma, ela viu acidentes de trabalho que a empresa escondia, abuso de drogas, violência sexual (com ela mesma, aliás) e gente que topava tudo aquilo porque precisava do emprego (como ela mesma, aliás).
Segundo a crítica e segundo os prêmios, foi o melhor quadrinho de língua inglesa em 2022. Barack Obama recomendou entre suas leituras do ano (o primeiro quadrinho que ele já recomendou). O Canadá, o país, escolheu PATOS como leitura obrigatória. Ganhou dois prêmios Eisner, um Harvey, o prêmio da crítica na Espanha e entrou praticamente em todas listas de melhores do ano (New York Times, Guardian, Publishers Weekly…)
Por questões de espaço, a história do tocador de gaita de fole e outras coisas que ela me contou não entraram no fim primário da minha entrevista, uma matéria sobre PATOS que saiu na Folha de S. Paulo no início do mês. Aliás, você pode ler a matéria em:
HQ 'Patos' narra com humor a vida brutal nos campos de petróleo canadenses
Ou em:
HQ 'Patos' narra com humor a vida brutal nos campos de petróleo canadenses
Já leu? Maravilha.
Resolvi publicar aqui a íntegra do meu papo com a senhora Beaton, onde ela fala do humor típico da sua região – a Nova Escócia, mais especificamente a ilha de Cape Breton, ponta leste do Canadá –, sobre como foi contar para os pais que ela ia produzir uma HQ sobre, entre outras coisas, ter sido estuprada duas vezes, e sugere que quadrinhos e outras mídias precisam de mais vozes da classe operária.
Obrigado à assessoria de imprensa da editora WMF, que intermediou o papo, obrigado à Folha/Ilustrada por topar essa pauta e obrigado à Mrs. Beaton.
Quando trabalhava em HARK! A VAGRANT, você ajudou a definir o humor dos memes de internet. Mais especificamente, o timing cômico dos memes. Houve até papo de um plágio bastante sério (e bastante lucrativo) quando o Grumpy Cat usou a frase de um quadrinho seu, “Uma vez eu me diverti. Foi horrível.” É um timing muito característico do seu trabalho quando eu releio HARK! A VAGRANT, STEP ASIDE POPS ou as tirinhas da família Beaton que você posta. Parece algo inerentemente seu. Como você diria que desenvolveu esse timing cômico, esse humor específico? Tem a ver com Cape Breton?
Haha, fico muito lisonjeada com essa pergunta! Muito gentil da sua parte.
É difícil falar a partir do que você cria seu senso de humor, mas eu acredito muito que o jeito como a pessoa é criada tem muito a ver. Tem alguma coisa específica aqui do meu cantinho, em Cape Breton, com certeza. Acho que é essa espirituosidade galesa que a gente tanto valoriza, assim como nossas observações sobre a condição humana. Tem aquestão de você acompanhar as pessoas que você sabe que são engraçadas, que são afiadas como uma navalha. Não deixam passar nada.
Mas eu não sou de pensar as coisas no laço, eu tenho que raciocinar pra acertar a piada. Queria ser dessas pessoas em que a ideia surge e sai que nem um raio. Também é um humor regional, que tem algo em comum com outros lugares, como Newfoundland. É o humor de gente que não é tão bem de posses, mas tem uma vida cultural e comunitária muito rica.
Seu timing fica evidente várias vezes em PATOS, principalmente quando você organiza as cenas em uma ou duas páginas com punchline. PATOS, porém, é uma obra séria sobre um assunto sério. Você repensou alguma coisa ou teve alguma apreensão ao tentar equilibrar humor e seriedade no quadrinho? Especialmente pensando em leitores que não conheciam seus outros trabalhos.
Em PATOS, eu sabia que precisava de equilíbrio em tudo. Se fosse muito sombrio, não seria honesto. Se eu omitisse a verdade, de como aquele lugar às vezes era brutal, também não seria honesto. Eu estava nervosa por encarar um projeto desse tamanho, mas acho que minha experiência de humorista ajudou. Tinha humor na vida nos campos, porque a vida é assim. A pessoa pode odiar o emprego, as horas e horas de trabalho, ficar longe de casa, pode odiar o que for, mas uma segue rindo com a outra.
Não me preocupei em equilibrar, mas, quando estávamos na edição (fizemos vários cortes), pedi que as páginas engraçadas ficassem mesmo quando não faziam a história andar. O humor era essencial.
Beaton e o pai. Daqui.
Da mesma forma, você já retratou sua família como personagens em muitas das tiras da família Beaton. Especialmente seus pais, que também aparecem em PATOS – mas agora eles encaram assuntos mais sérios, pois você revela experiências bastante doídas pelas quais você e suas irmãs passaram. Como você abordou isso com eles ao falar sobre o livro que você queria fazer e a participação deles como personagens?
Meu pai nunca leu o livro. Eu contei do que ia tratar e, pra ele, bastou. Mas ele me deu muito apoio para fazer. Ele não gostou do que ouviu, mas ficou do meu lado.
Minha mãe leu e chorou. Isso doeu.
Eles nunca reclamaram de aparecer no livro. Sou muito grata aos dois pela generosidade comigo e tenho respeito imenso pelos dois.
Eu imagino que toda entrevista sobre PATOS provavelmente chega às perguntas sobre (as) agressão(ões) sexual(is) que você sofreu, mas queria falar que achei ousada a maneira como você aborda essa situação. Mesmo que as cenas sejam armadas para causarem um choque, você optou por não as destacar como momentos mais importantes ou mais impactantes do que lhe aconteceu naquele período. Seu posfácio explora um pouco mais como você lidou com isso, mas eu gostaria de saber mais sobre seu processo: como reconhecer o que aconteceu, tanto com você quanto com outras pessoas, em um espaço dominado por homens, e ao mesmo tempo enquadrar, como você escreveu, "agressões sexuais de todos os tipos [como algo que é] muito comum em qualquer ambiente para ser tratado como sensacionalista".
Tem estudiosos de quadrinhos, como Kay Sohini, que escrevem que o ato de desenhar HQ autobiográfica pode ser um processo terapêutico - especialmente ao recontar algo que aconteceu com você, transformar em roteiro, desenhar quadro por quadro, redesenhar-se passando pelo trauma etc. Você sente que PATOS foi terapêutica, principalmente para lidar com as situações mais traumáticas pelas quais você passou?
Bom, com certeza foi uma catarse. Você escreve várias vezes e depois desenha várias vezes, depois edita, aí você ganha um distanciamento novo, uma perspectiva nova. Eu não sei se precisava da catarse, mas precisava fazer o livro.
Você mantém contato com pessoas da sua época nos campos de petróleo ou acompanha notícias da região? Você ouviu alguma reação a PATOS ou aos comentários que PATOS gerou sobre o local?
Eu me correspondi com todo mundo de quem eu tinha contato, antes do lançamento do livro, se a pessoa aparecia no livro. Muitos ainda estão no meu Facebook, estão lá desde que trabalhamos juntas. Todas me apoiaram, embora seja difícil a pessoa saber o que ela topou quando alguém diz que está fazendo uma graphic novel, depois a graphic novel vira best-seller e você tá lá. Mas espero que estejam satisfeitas com o jeito como apareceram.
Meu primo Angus – que eu chamei pelo nome real no quadrinho, um dos raros exemplos – ouviu a reação de uns caras com quem ele trabalhou, que leram o livro. Eu chamo esses colegas dele de um bando de fracassados que só ouve música country podre. Ele me deu uma dura! Mas também falou que é uma coisa que ele diria na vida real, haha.
A lista do Obama, a seleção do Canada Reads, dois prêmios Eisner. Vi algumas de suas tiras da "família Beaton" com reações aos prêmios, mas você pode contar uma história sobre como sua família e amigos reagiram a todo esse louvor?
Ah, todo mundo ficou muito orgulhoso. É quase surreal saber que o Obama leu seu livro, é difícil imaginar que isso aconteceu de verdade. Mas houve muitos parabéns na cidade. E depois da vitória tão grande no Canada Reads, o pessoal da cidade organizou um evento para mim no museu, com direito a bolo e discursos, e me deram a chave da cidade – que eles inventaram só para o dia. Não sei de onde tiraram a chave gigante, mas eu guardo ela na minha casa. Também colaram papelão nas placas da volta, dizendo que é a "cidade de Kate Beaton" e meu nome ficou em cima do nome de outras pessoas da cidade. Foi muito legal, mas também foi uma humilhação. Todo mundo achou engraçado.
Chamaram um tocador de gaita de foles para acompanhar minha entrada no museu, enquanto todo mundo aplaudia. Acho que eu preferia fazer discurso em rede nacional do que andar pela minha cidade enquanto um cara tocava gaita de fole e os carros passavam perguntando “que diabo que tá rolando aí”.
O tocador de gaita era da minha turma do colégio. Quando ele terminou de tocar e estava todo mundo comendo bolo, depois de todo aquele rebuliço, ele só me disse: “Eita, Katie, cê é especial.” Cáustico.
Seu tuíte depois de ganhar dois prêmios Eisner: "Espero que o sucesso do meu livro incentive mais quadrinhos, mais perspectivas diversas, criados e publicados em mundos do trabalho ou de classes que não tenham a representação devida, ou das comunidades mais afetadas pelo poder empresarial e governamental." O que você tem lido em quadrinhos e lido /assistido/ouvido em outras mídias que fecha com isso?
Quando eu estava fazendo PATOS, fiquei de olho em quadrinhos sobre trabalho na indústria, sobre operariado ou classe, e foi incrível como eu consegui achar poucos. Foi por isso que fiz aquele comentário. Senti que tem muitas histórias que não estão sendo contadas. Discute-se muito privilégio, arte e quadrinhos, discute-se gente que se pinta de artista pobre, mas que teve um empurrãozinho ou um papai rico. Mas também é verdade que há muito quadrinista que veio de origens humildes, sem fortunas nem privilégios. E acho que existe apetite por histórias genuínas. Porque, francamente, a maioria de nós, no mundo moderno, não nasceu na fortuna nem nos privilégios e quer se ver representado sem ser pela lente de quem teve tudo.
Li DEMON COPPERHEAD [inédito no Brasil] e tem se falado muito de Barbara Kingsolver querendo representar a zona rural dos apalaches com honestidade, o que é interessante. Ganhou o Pulitzer. E acho que houve uma reação muito interessante a MARE OF EASTTOWN, um seriado que foca a classe operária da Pensilvânia. Eu estava muito sintonizada nessas discussões sobre validade e representação.
A mesma coisa com RESERVATION DOGS, que tinha muito mais a dizer sobre a intersecção entre raça e classe, e gerou muita discussão, elogios e críticas, porque não existem muitas opções parecidas com o seriado.
Nos quadrinhos, tenho três livros do Japão sobre o desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011, e é interessante que tenha tantos. Com certeza é uma história que trata de indústria, classe social, trabalho e poder público. Kazuto Tatsua trabalhava lá e fez um mangá chamado ICHI-F, que ele escreveu com pseudônimo com medo de a empresa vir atrás e baní-lo do local. Bem interessante. Me lembra alguma coisa…
E o que vem por aí da sua produção?
Um livro ilustrado! E mais graphic novel.
PATOS: DOIS ANOS NOS CAMPOS DE PETRÓLEO, de Kate Beaton (trad. Caroline Chang), wmf martins fontes [amazon]
A última Virapágina recebeu comentários muito queridos de leitores que eu nem sabia que me liam. Muito obrigado.
Não foi um comentário, mas uma coisa que eu mesmo me dei conta e rendeu um tapa na testa: escrevi sobre quadrinista que matam os pais nas autobiografias e esqueci totalmente que André Diniz tem um quadrinho chamado MATEI MEU PAI E FOI ESTRANHO.
Eu já li MATEI MEU PAI, mas não lembrava. E não sabia se era autobiográfico – ou, caso o Diniz não tenha matado o próprio pai, se tinha alguma coisa de autobiográfico na HQ. Perguntei para ele.
Olha só o que eu falei de leitores que eu nem sabia que me liam: o Diniz leu a última Virapágina!
“Cara, o meu pai foi uma pessoa maravilhosa, me incentivou muito no meu quadrinho, no meu desenho”, André Diniz me contou por whatsapp. “O personagem tem um irmão mais velho, uma irmã novinha – eu não tive nem uma coisa nem outra, só uma irmã mais velha. Meu pai nunca teve outra família, minha mãe era professora e não carcereira. E minha infância não foi em São Paulo. Então, a princípio, a história é cem por cento fictícia.”
Ele me contou que tem um e outro detalhe autobiográfico ali, como ter 15 anos e matar aula, ter dificudade com as garotas e se resolver no desenho por causa da solidão. Aquela dose normal de autobiografia que, imagino, todo ficcionista investe nas ficções.
Então, não, André Diniz não matou seu pai, nem contou a história da morte do seu pai. Me sinto menos mal por não ter citado MATEI MEU PAI E FOI ESTRANHO.
Você devia ler essa e outras HQ do Diniz. Se já leu MATEI MEU PAI, vá de T.A.T.T.O.O.: À FLOR DA PELE, criminosamente esquecida na seleção do Jabuti de quadrinhos deste ano.
MATEI MEU PAI E FOI ESTRANHO, André Diniz, jupati [amazon]
T.A.T.T.O.O. - À FLOR DA PELE, André Diniz, darkside [amazon]
Estou em São Paulo desde terça-feira. Ontem falei sobre LORE OLYMPUS na V Jornada de Tradução e Adaptação, junto a Celbi Pegoraro e Alexandra Presser, e foi divertido. Dá para assistir aqui. Como sempre, quem conquista o público é a minha filha:
Amanhã, sábado, dia 18, tem sessão de autógrafos de BALÕES DE PENSAMENTO 1 e 2 na Loja Monstra. Começa às 17h e acho que eu fico até fechar. Vamos cantar parabéns pelos 70 anos do Alan Moore, de um jeito que ele escute.
(Sugeri a meu editor Guilherme Kroll que ele conseguisse 70 barbas postiças e 300 anéis para todo mundo se fantasiar na hora dos parabéns – tipo aquela homenagem famosa com as crianças vestidas de Gainsbourg, sabe – mas o Kroll não quis. Reclamem com ele.)
Estou viajando, encaixando algumas horinhas de tradução enquanto estou no hotel. A produção ficou bem prejudicada. Mas rolou até um trabalho novo num livro infantil, do tipo que eu adoro.
Estou na fase final de revisão de CHRISTIE10. Li e consertei um pouco mais que a metade do livro, 105 páginas. Quando eu terminar, na semana que vem, ainda tenho que escrever meu posfácio com notas sobre a tradução. Você conhece um jogo de cartas dos ingleses do século passado chamado Animal Grab?
Revisei 154 páginas, um terço de um quadrinho que estou fazendo para a Panini. Entreguei aquelas duas edições de CONAN, da nova série. E comecei 106 páginas de um projeto para a Quadrinhos na Cia. que é uma delícia de traduzir.
Os links abaixo são de trabalhos meus com lançamento em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns centavos. Se puder, use os links.
em novembro
KULL: A ERA CLÁSSICA (OMNIBUS), Roy Thomas, Berni Wrightson, Marie Severin, John Severin, Doug Moench, John Bolton, Chuck Dixon, Dale Eaglesham e grande elenco, panini
SANDMAN APRESENTA VOL. 7: BAST & O CORÍNTIO, Caitlín R. Kiernan, Joe Bennett, Darko Macan, Danijel Zezelj, panini
A BRIGADA DOS ENCAPOTADOS, K.W. Jeter, John K. Snyder III, Dave Louapre, Dan Sweetman, Alisa Kwitney, Guy Davis, John Ney Rieber, John Ridgway, panini
ANIQUILAÇÃO: A CONQUISTA (OMNIBUS), Dan Abnett, Andy Lanning e grande elenco, panini [traduzi só os extras]
CAPITÃ MARVEL VOL. 9, Kelly Thompson, Sergio Dávila, Marguerite Sauvage, Torun Gronbekk e mais, panini
ESTÁ TUDO BEM VOL. 1, Mike Birchall, suma
LITTLE NEMO VOL. 2: 1910-1914, Winsor McCay, figura [a tradução é de Cesar Alcázar; eu escrevi um posfácio compriiiido]
em dezembro
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 7, James Owsley, John Buscema, Val Semeiks e mais, panini
TERRA LIVRE: UM CONTO DA CRUZADA DAS CRIANÇAS, Neil Gaiman, Chris Bachalo, Alisa Kwitney, Jamie Delano, Peter Snejbjerg, Toby Litt, Peter Gross e mais, panini
SANDMAN APRESENTA VOL. 8: TEATRO DA MEIA-NOITE, Neil Gaiman, Matt Wagner, Teddy Kristiansen e outros, panini [metade do volume tem outras HQs por outros tradutores]
em janeiro
CONAN, O BÁRBARO 1, Jim Zub, Roberto De La Torre, José Villarubia, Dean White, panini
NOVEMBRO VOL. 4, Matt Fraction, Elsa Charretier, Matt Hollingsworth, risco
vem aí
NUNCA ME ESQUEÇAS, Alix Garin, moby dick
VOLEUSE, Lucie Bryon, risco
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
CHEW VOL. 4, John Layman e Rob Guillory, devir
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, Lewis Carroll
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Tom Scioli
+ Tom Gauld
+ Ray Bradbury
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Lore Olympus
+ Emma Orczy
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
THE EXTRAORDINARY PART VOL. 3: MELEK’S HEAD, Ruppert & Mulot (trad. MB Valente), europe comics
PARASOCIAL, Alex de Campi e Erica Henderson, image
THE GOLDEN BOY: BEETHOVEN’S YOUTH, Mikael Ross (trad. Nika Knight), fantagraphics
Quando Beethoven toca para um ricaço da cidade.
PATOS: DOIS ANOS NOS CAMPOS DE PETRÓLEO, de Kate Beaton (trad. Caroline Chang), wmf martins fontes [amazon]
Você leu a VIRAPÁGINA, newsletter de Érico Assis. Sou jornalista e tradutor, e escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000. Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 [amazon] e 2 [amazon]. Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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Essa vai ser a primeira vez que vou deixar uma edição da newsletter para ler depois por medo de spoilers. Patos está aqui na pinha pilha de leitura e ja passei ele pra cima pra ser o próximo da fila.
Mas mesmo assim, nos vemos amanhã na Monstra!
Agora preciso comprar e ler patos pra ontem!