Não ia ter newsletter esta semana, mas tive esta ideia e agora vai ter. Parte desta edição será só para assinantes pagos. Você pode mudar as configurações da sua assinatura aqui.
Meu top dezoito, porque esta é a newsletter 18. Um top de tudo de 2023. Em ordem crescente.
Acabou tendo mais família do que eu planejava. E mortes.
18
Vanessa dançando e segurando o copo em DERNIER WEEK-END DE JANVIER, de Bastien Vivès.
17
Do ponto de vista do meu umbigo, as melhores traduções são aquelas em que eu tenho desculpa para mergulhar em um autor, ler a fortuna crítica, as entrevistas, reler toda a obra etc. Quase um mestrado sobre o autor.
Se eu gostar do autor, né.
Em 2023, aconteceu uma confluência de trabalhos e de tempo que me deixou mergulhar em Dan Clowes.
MONICA foi uma destas traduções. Como já escrevi em outra edição da virapágina, traduzi essa “no escuro”, com bastante dúvida de como seria recebida. Agora tenho ouvido que é a obra-prima do Clowes.
Foi um ano muito Clowes. Torço que a outra tradução seja anunciada de uma vez. E já fiz uma pressão por mais Clowes no Brasil em 2024. Torçam por mim, por ele e por vocês.
16
O final de A BALEIA. Que é um filme do ano passado, mas só assisti este ano, desculpe. Tenho assistido poucos filmes, muito poucos. O filme não é perfeito, mas o final esconde qualquer imperfeição. Amo aquele final.
15
HYPERICON, de Manuele Fior.
14
A virapágina. Que finalmente saiu da ideia e das sugestões dos amigos. Também foi resultado de três lugares em que eu escrevia a convite - o Blog da Companhia, o Omelete e o Funktoon - me darem férias por tempo indeterminado. E eu continuei com vontade de escrever.
Como já comentei aqui, a melhor parte de escrever no “meu veículo” é ver gente interessada no meu texto a ponto de pedir para receber no e-mail (quase 1600 interessados, no momento). Ou a ponto de pagar para ler. E aqui não tem mais nada além do meu texto.
14-Bis: Meus textos preferidos deste ano estão na virapágina, mas meu penúltimo no Omelete, Quantos Big Macs custa o seu gibi, também entra nos preferidos do ano.
13
THE BEAR, segunda temporada.
Sim, aquele episódio de Natal. Mas a linha mestra do seriado, pra mim, é o papo sincero sobre essa coisa massacrante chamada trabalho. Massacrante, talvez incontornável, por vezes bonita. Não entendo um garfo sobre cozinha nem restaurantes, mas pego por analogia. Me deu saudade de trabalhar com gente.
12
MEU IRMÃO CAÇULA, de JeanLouis Tripp.
Perdi um irmão, também um irmão mais novo, em circunstâncias bem diferentes das que aconteceram com o JeanLouis Tripp. Ele perdeu por causa de um acidente na estrada; eu, depois de quatro anos de uma doença do coração. Mas perdemos mais ou menos na mesma idade, talvez com pais perto da mesma idade. E o que eu mais vi em MEU IRMÃO CAÇULA – na bagunça de emoções que o quadrinho é, do jeito mais sincero que há, escrevendo e desenhando das vísceras pro papel – o que eu mais vi naquele quadrinho, e que doeu, foram meus pais.
Nunca tinha visto alguém representar meus pais no momento mais horrível da vida, com tanta exatidão e no peso certo. Fiquei arregalado.
Aviso de utilidade pública: quando você lê MEU IRMÃO CAÇULA pela segunda vez, dói mais.
11
MATERIAL POÉTICO, do Alves.
10 e 9
VERÕES FELIZES, de Zidrou e Lafebre, e O COMBATE COTIDIANO, de Manu Larcenet. Não sei qual vem primeiro.
Mesmo quando eu gosto muito de um quadrinho, não gosto de reler. Tem muita coisa inédita para descobrir, e ficar rebobinando no que a gente gosta é coisa dos Teletubbies.
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