064: NUNCA FUI COLECIONADOR
colecionar e não ser colecionador | gibiteca ufpel | minha semana | capitalismo | páginas viradas
Eu nunca disse que sou colecionador. Tenho uma coleção de quadrinhos, sim. E uma coleção grande, eu admito. Grande demais. Mas isso não é suficiente para eu me chamar de colecionador.
Falo isso porque tenho respeito pelos colecionadores. Colecionadores são dedicados. Colecionadores têm que completar coleções com todos os números. Colecionadores negociam, regateiam, procuram outros colecionadores. Colecionadores tiram os grampos, guardam no plástico, escolhem a loja que não envia amassado, sabem a madeira certa pra estante e a posição solar. Colecionadores cuidam. Colecionadores, repito, são dedicados.
Adoro mexer na minha coleção. Reorganizar a coleção é uma coisa que… só consigo imaginar duas coisas na vida melhores do que reorganizar a coleção, e para as outras duas eu dependo de outra pessoa. Reorganizar é meu nirvana solitário. Tirar o pó, ensacar, fazer inventário: não é comigo. Se me sobrar o tempo que isso exige, prefiro usar esse tempo pra sentar e ler.
Descobri que ter uma coleção e não ser um colecionador são duas ideias que não combinam. Uma coisa tem que andar com a outra. Se você tem uma coleção, você precisa ser um colecionador. Você tem que se dedicar.
É por isso que, aos poucos, além de não ser colecionador, estou deixando de ter uma coleção.
Meus pais me deram os primeiros gibis. Acho que a ideia partiu deles, pois eu tinha gibis – pequenas pilhas de gibis – no meu quarto, minha casa e minha vida desde antes da primeira memória. Eu que pedi? Não sei. (Infelizmnte, meus pais não estão aqui para responder.)
Minha coleção tem gibis de quando eu tinha três anos. Não lembro de nada antes dos quatro e só fui ler com seis. Com oito anos, eu já tinha consciência de que não podia perder o número de HOMEM-ARANHA do mês que vem. Não podia porque… não podia.
Não só HOMEM-ARANHA. Eu comprava/colecionava todos os gibis de super-herói. Era mais fácil do que hoje, pois a oferta se resumia a oito gibis por mês. Também não era caro como hoje. Fiz as contas e vi que esses oito, juntos, dariam o equivalente a cento e cinquenta reais de 2024. Minha mesada ficava 100% nos gibis.
Isso foi fins dos anos 80, início dos 90. Eu ia nas bancas todos os dias. Menos aos domingos, porque não abria. Vi os quadrinhos adultos chegarem na banca: CAVALEIRO DAS TREVAS, WATCHMEN, SANDMAN. Ignorei todos. Além de não encaixarem na minha mesada, o desenho era feio. Bom mesmo era o John Byrne.
Comprei a primeira MARSHALL LAW e quis devolver na banca. Aliás, não deviam ter vendido MARSHALL LAW para um menino de onze anos. Não comprei a segunda e voltei a procurar meu John Byrne no formatinho. Todo gibi tinha John Byrne, ou alguém que chegava perto do John Byrne.
Planos econômicos diversos afetaram os preços dos gibis e os reajustes da mesada não conseguiram acompanhar. Passei uns anos comprando só Marvel. Na idade um pouco mais certa, uns 15 ou 16, li WATCHMENs, MOONSHADOWs e outras coisas que tinha ignorado antes. A VERTIGO apareceu nessa época. Cheguei a uma coleção de seus três mil e pouco formatinhos e assemelhados. Que nunca saíram da casa dos meus pais.
Foi aos 24 anos que eu me convenci de que não precisava comprar o HOMEM-ARANHA do mês que vem. Nem mais nada. Me convenci ou fui convencido. A mesada virou o aluguel da quitinete e quem pagava as outras contas era minha bolsa de mestrado. Na mesma época, o universo teve piedade e fez surgir os scans.
Três anos depois, assalariado e casado, eu podia voltar pro meu HOMEM-ARANHA de cada mês. Não voltei. Mirei a Amazon, a Amazon americana, com seus trade paperbacks e graphic novels a dólar dois-pra-um.
Foram uns dez anos de comprar qualquer coisa que chamasse a mínima atenção da Marvel e DC, além da Image, Dark Horse, Drawn & Quarterly, Fantagraphics etc. E de pegar usados, aqueles que vinham com etiqueta de biblioteca americana, por preço ridículo. Tirei meu atraso na história das histórias em quadrinhos.
Editoras nacionais começaram a me mandar os lançamentos por causa meu trabalho como jornalista. Tinha toda a cena independente nacional, vendida pela internet. E os eventos: comecei a frequentar eventos de quadrinhos perto dos 30, mesma época em que comecei a traduzir gibi.
Cheguei a uma coleção de suas duas ou três mil graphic novels, trade paperbacks, capas duras: gibis em formato de livro. E zines. E livros mesmo, sobre quadrinhos e não. Compramos um apartamento, expliquei ao arquiteto que tinha aquela coleção e que ela crescia na velocidade quarenta livros/mês. Ele não me deu uma solução de armazenagem porque não era um problema de Arquitetura, era um problema de Física.
Enquanto a coleção crescia, me mudei de apartamento quatro vezes. De cidade, duas vezes. Na última mudança, foram 87 caixas de gibis e livros.
Nesse meio tempo teve o Book Depository com frete grátis, teve mais editoras me mandando quadrinhos, teve eu virando colaborador de mais editoras, teve Amazon chegando no Brasil e barateando a importação de gibi. Mudei de emprego e passei a ter tempo para ler boa parte do que eu comprava ou ganhava.
Foi no fim da última década que o dólar alto cortou a farra de pegar tudo mininamente interessante dos gringos. As outras crises econômicas, incluindo a presente, cortaram a minha farra também com o quadrinho nacional.
Mas tem um evento canônico que foi mais importante para minha coleção do que qualquer crise financeira. Foi o dia em que eu descobri a capa de um dos meus LITTLE NEMO da Sunday Press comido por traças.
Só a capa. Os bichinhos não chegaram dentro. Um colecionador de verdade saberia me explicar que as traças preferem tal tipo de papel, tal tipo de tinta, a impressão das gráficas da Indonésia ou da China. Eu não sei e só sei que o livro era caro, insubstituível e as traças começaram a comer a capa pelo único motivo de que ele tinha passado anos parado, no mesmo lugar, na prateleira. Não cuido, não sou colecionador.
(Uma foto da capa serviria de alerta e melhor ilustração possível do meu argumento. Mas não tenho força pra tirar essa foto.)
Não eram só traças e não era só aquele LITTLE NEMO. Tinha livros queridos cobertos de mofo preto. Morar numa cidade famosa pela umidade não ajuda. Além disso, o espaço acabou. Mesmo depois de eu conseguir um espaço só para os quadrinhos, a Física venceu. Despejar mais dinheiro para cuidar dos quadrinhos não fecha nem com o meu bolso nem com a minha filosofia.
Foi ali que eu concluí que não só eu não sou colecionador, mas que não deviam me dar o direito de ter uma coleção. Esses gibis merecem mais do que eu, o não colecionador.
Na semana passada, vendi mais um pequeno lote de quadrinhos. Odeio vender. Sou péssimo vendedor, vender toma um tempo absurdo e desapegar de alguns gibis é tão gostoso quanto cortar os dedos com um cutelo. Fora que todo o dinheiro da venda some no próximo boleto.
Minha intenção era que essa coleção ficasse em um lugar ou com uma pessoa que (1) soubesse cuidar e (2) soubesse valorizar. Já escrevi a respeito disso em outro texto, então vou citar eu mesmo:
Em junho, no discurso de agradecimento pelo Grand Prix do Festival de Angoulême, Chris Ware disse que “o que escritores, artistas e cartunistas fazem no cavalete ou na escrivaninha é a mesma coisa que todo mundo faz. O que muda é a pilha de porqueira que a gente deixa para os filhos jogarem fora, que é maior.” Colecionadores de quadrinhos – ou acumuladores de quadrinhos, caso você ache “colecionador” muito chique – temos o mesmo problema.
Já larguei da ideia de vender o que tenho porque, primeiro, sou péssimo vendedor e, segundo, porque nunca que alguém vai pagar o valor daquela SUPERAVENTURAS MARVEL que eu guardo desde 1987, um valor que só existe na minha memória e no meu coração. Volto ao primeiro ponto: sou péssimo vendedor. E não vou passar esse fardo pra família.
Queria doar, ainda em vida, boa parte do que eu tenho. Doar para um lugar onde eu soubesse que o material seria lido pelo maior número de pessoas e minimamente conservado, sem nenhuma pretensão comercial. Já me responderam que isso é um sonho maluco.
O título daquele texto era “O futuro da sua coleção é uma gibiteca”. Falava da criação da Gibiteca da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a partir da doação de um leitor e autor, o
. Ele tinha conseguido o que eu estava tentando há algum tempo: convencer uma instituição da minha cidade a ficar com meus quadrinhos, cuidar desses quadrinhos e deixar essa coleção aberta ao público.Cheguei a fazer uma reunião com o secretário de cultura do município. De verdade, presencial, o cara estava de gravata. Ficou uma promessa de gibiteca municipal, que foi arrastada por anos. Virou outras ideias da Secretaria, que também não deram em nada. Teve uma pandemia no meio, mais uma troca de gestão. Tentei outras instituições, não deu certo.
Amigos me levaram a um professor da Universidade Federal de Pelotas que tem um projeto de preservação e restauro de acervos. Como costuma acontecer nessas instituições, é uma iniciativa que depende de uma pessoa querer e brigar para a iniciativa dar certo. Encontrei alguém assim.
Eu queria doar meus gibis, mas também queria que esses gibis ficassem disponíveis para o público em geral, que a coleção fosse divulgada como referência para pesquisadores, que houvesse estímulo para outras doações, que houvesse segurança para não ter roubos nem extravios. E que a doação nunca saísse de Pelotas.
Ele topou tudo. E não só. Disse que ia higienizar, catalogar, conseguir estagiários para o projeto. Eu doei e ele fez tudo que disse. A universidade tem, oficialmente, uma Gibiteca. Que, um ano depois, tem mais quadrinhos do que a minha doação.
Não doei todos meus gibis. Isso vai acontecer aos poucos. Alguns eu vou vender, outros eu quero ficar, tem as minhas traduções e outros gibis que levam meu nome. Não sei o que vai ser de tudo. Minha meta é não deixar essas toneladas pros filhos resolverem quando eu não estiver aqui. Acho que ainda tenho um tempo.
Doei aquela coleção de formatinhos e assemelhados, a que nunca saiu da casa dos meus pais. (Na verdade, saiu por um tempo e viveu anos em caixas, alimentando famílias de traças.) Foram quatro mil gibis. Agora são propriedade da União.
Tem gibis sem capa, tem gibis faltando páginas, tem aquele gibi de quando eu tinha três anos – porque a data está anotada numa página. Deixei a cargo do professor e equipe decidirem com o que vão ficar e com o que não. No meu delírio, deviam ficar de registro do que era ter uma coleção de gibis, de papel, lidos e relidos e meio destruídos, para gerações futuras que não vão ter essa chance. Não é uma coleção, é um retrato do que era ter uma coleção. Mas não cobrei de ninguém respeitar essa nostalgia, que é só minha. Por enquanto, eles resolveram ficar com tudo.
O acervo da gibiteca ainda não está sempre disponível a quem quiser ver, mas tem encaminhamentos pra que isso aconteça. Segundo o professor, tem muitos alunos contentes de trabalhar no projeto, em mexer com os gibis. Confio no projeto e nos responsáveis.
Tem também o umbiguismo: se a gibiteca é pública e vai estar disponível pra todo mundo, quer dizer que vai estar disponível pra mim também. Não sei se em algum momento eu vou ali, pegar aqueles gibis pra pesquisar ou lembrar de alguma coisa. Mas ela está ali.
Obrigado ao professor Aristeu Lopes, responsável pela Gibiteca, assim como aos professores Mario Marcello Neto e Carolina Gonçalo, que contribuíram muito para que o projeto acontecesse.
Neste sábado, dia 16, também conhecido como amanhã, vou participar de um evento da Gibiteca. Na segunda-feira, dia 18, a Gibiteca estará aberta para visitas. Mais detalhes aqui.
Minhas duas últimas semanas renderam pouco, como adiantei na última nius - na qual não falei da minha semana. Estou com projetos arrastados, complicados, demorados.
Entreguei aquelas 99 páginas de CONAN e parti pra mais um projeto hiboriano. Tenho Conan pra traduzir até o fim do ano. Depois também. Acabaram minhas férias sem bárbaro e tenho que dar um jeito para ele não afetar minhas férias bárbaras em janeiro.
Traduzi as 180 páginas finais do PROJETO ADEUS PRÍNCIPE. Faltam revisões. Estou na revisão lenta do PROJETO BEVERLY HILLS. Foram só 60 laudas em duas semanas.
Fiz a última revisão - acho que vai ser a última - de A ESTRANHA MORTE DE ALEX RAYMOND, agora com a diagramação da Marcela. Que quadrinho complicado.
Também fiz a última revisão na minha entrevista compriiiiida com a
. Sai ainda este ano.Surgiram dois projetos novos, e que exigem um pouco de pressa. São dois quadrinhos rápidos: traduzi 112 páginas do PROJETO RISCA e 78 páginas do PROJETO FRANK.
Na última segunda-feira, dia 11, rolou um bate-papo com alunos do Curso de Redação e Revisão de Textos da UFPel. Duas horas e meia tirando dúvidas dos alunos. Foi muito bom.
Dei uma entrevista ao Canal Tech sobre a tradução de GAROTO-ENXAQUECA.
Participei da redação de dois 2Q News:
E de dois Lançamentos da Semana:
Saiu um episódio que estava sendo cozinhado há tempos no Notas dos Tradutores: uma entrevista com
. Conversamos principalmente sobre ser professor de tradução, mas o papo deu várias voltas.O título, bolado pelo Carlos Rutz, é o melhor que o Notas já teve.
Ontem gravamos mais uma entrevista para o Notas, e tem programa novo no domingo.
E essas foram minhas últimas duas semanas.
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco tempo ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
em novembro
GAROTO-ENXAQUECA, Greg Fiering, barbante
A VINGANÇA DAS BIBLIOTECAS, Tom Gauld, todavia
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 3, Grant Morrison, Phil Jimenez e vários, panini
LOBO OMNIBUS VOL. 1, Keith Giffen, Alan Grant, Val Semeiks, Martin Emond e outros, panini [traduzi um terço do omnibus]
CONAN, O BÁRBARO 5, Jim Zub e Roberto de la Torre, panini
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 1, John Arcudi, Max von Fafner, Jim Zub, Patrick Zircher, Robert E. Howard, Roy Thomas, panini
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA vol. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
STRANGER THINGS E DUNGEONS & DRAGONS, Jody Houser, Jim Zub, Diego Galindo e Msassyk, panini
em dezembro
JOE HILL DARK COLLECTION VOL. 2, Joe Hill, Jason Ciaramella, Vic Malhotra, Nat Jones Charles, Paul Wilson III, darkside
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 9, Val Semeiks, Michael Higgins, Ron Lim e vários, panini
CONAN, O BÁRBARO 6, Jim Zub e Roberto de la Torre, panini
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 2, Jim Zub, Richard Case, Patrick Zircher, panini
STRANGER THINGS: HOLIDAY SPECIALS, vários autores, panini
em janeiro
O PRIMEIRO GATO NO ESPAÇO E A SOPA DA PERDIÇÃO, Mac Barnett e Shawn Harris, baião
PATRULHA DO DESTINO POR RACHEL POLLACK - EDIÇÃO DE LUXO VOL. 1, Rachel Pollack, Richard Case, Scot Eaton, Linda Medley e vários, panini
A ESTRANHA MORTE DE ALEX RAYMOND, Dave Sim e Carson Grubaugh, go!!! comics
Esta semana apareceu em pré-venda o segundo volume de O PRIMEIRO GATO NO ESPAÇO, quadrinho infantil genial. Tinha muita gente me perguntando pela continuação. Sai em janeiro.
vem aí
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
FEEDING GHOSTS, Tessa Hulls, quadrinhos na cia.
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
+ Adrian Tomine, Dan Clowes, Shaun Tan, Will Eisner, Mike Birchall
+ Gato Pete, Lore Olympus, Conan
etc. etc. etc.
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Richard McGuire por Rebecca Clarke.
McGuire deu entrevista ao New York Times e disse que não meteu nem um dedo na adaptação de AQUI para o cinema. Um homem sábio. Não tinha como salvar esse filme.
Resenha do Vulture: A maior pieguice que você vai assistir este ano. Ainda assistirei.
De DESSINER ENCORE, de Coco, uma sobrevivente do massacre no Charlie Hebdo em 2015. [amazon]
Páginas de FINAL CUT, de Charles Burns. [amazon]
AVA: ALIENS VS. AVENGERS n. 2, por Esad Ribic e Ive Svorcina, roteiro de Jonathan Hickman. O gibi mais MÉTAL HURLANT da Marvel. [amazon]
De A VINGANÇA DAS BIBLIOTECAS. Traduzi. Ainda vou escrever sobre essa tradução. [amazon]
Do Paulo Moreira, aqui.
Meu nome é Érico Assis. Sou jornalista e tradutor. Escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000, traduzo profissionalmente desde 2009. Sou um dos criadores do podcast Notas dos Tradutores, colaboro com o canal de YouTube 2Quadrinhos e com o programa Brasil em Quadrinhos do Ministério das Relações Exteriores. Dou cursos de tradução na LabPub. E escrevo esta nius.
Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 e 2, disponíveis em formato digital e físico na Amazon.
Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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E que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Tenho pensado o mesmo sobre minha coleção. E vender realmente é um saco, nunca vão pagar pela nostalgia.
Que texto bonito e que linda iniciativa. Tenho pensado muito nos meus livros depois que eu não estiver mais aqui e ler essa newsletter foi muito significativo pra mim.