9 Comentários

Com certeza! Eu devia ter trazido esse comentário do Javier quando coloquei a página, porque foi um dos motivos pelo qual quis compartilhar. Valeu pela lembrança!

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Oi, Péricles. Ótima pergunta. Com certeza já cometi erros em tradução e lembro de alguns pontuais: um personagem ia para Cleveland quando deveria estar vindo DE Cleveland em uma frase (ou vice versa), quando troquei o nome consagrado de um personagem da Marvel naquele livro sobre a história da editora... Mas nesse sentido de o erro prejudicar fundamentalmente o sentido do texto, mesmo que de um trecho do texto, não me lembro de algum. É bastante possível que já tenha acontecido e eu não sei.

Já teve vezes em que um editor me apontou um erro desses. Ou seja, no processo de revisão do meu trabalho, alguém captou o erro antes de chegar pros leitores. Eu não tinha interpretado bem algum trecho, outro leitor interpretou de um jeito que realmente pareceu mais condizente. O que é bom: quer dizer que o sistema editorial funcionou.

Quanto a avisar ou não a editora do livro em que você encontrou o erro, eu acredito que vale avisar, sim. Nesses casos, é sempre bom lembrar de não fazer ataques ad hominem, tipo "o fulano tradutor errou", mas dizer que o livro saiu errado - e a editora entender que isso é um erro de que o processo editorial do livro não deu conta.

Caso você encontre algum erro nas minhas traduções que eu assino, fique à vontade para me apontar!

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Muito obrigado pela atenção e consideração em me responder, Érico!

Vou dar esse toque na editora, mas de uma forma bem respeitosa.

Fica um pouco do medo de ser aquele cara chato que fica procurando pelo em ovo pra apontar erros nas edições de um livro/quadrinho rsrs

Um grande abraço!

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Ah esqueci de comentar... Eu nunca experimentei audiolivros, mas fiquei tentado a tentar (ops) o Hyperion. É um scifi que quero ler há um tempo. Vi que tá saindo em livro pela Aleph tbm, mas tu não é o tradutor. Recomendas?

Por sinal, a hora tu podes escrever sobre o processo de tradução para audiolivros - se é que muda alguma coisa.

Abraço!

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Olha, recomendo qualquer jeito de você ler ou ouvir Hyperion, sobretudo o conto do acadêmico. ;)

Na real, o processo de tradução pra audiolivros foi exatamente o mesmo de tradução pra prosa. Imagino que tenha um processo de adaptação depois, mas nunca me informaram. E eu mesmo ainda preciso ouvir esses audiolivros que eu traduzi, mas tenho vergonha.

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Adorei teu texto como sempre. Pra nós que não trabalhamos nesse ramo parece um privilégio poder ler obras em primeira mão, mas teu texto foi preciso em mostrar o outro lado da moeda e o problema que isso pode se tornar. Bom, com grandes poderes vem grandes responsabilidades, né?

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Adoro esse seu texto vivo e orgânico, Érico. É uma resenha de Monica? É um artigo sobre a sua experiência com a HQ? Não importa. Tudo se confunde em um delicioso texto repleto de personalidade. 👏🏻

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Poxa, esse já meu "blurb" preferido sobre a Virapágina! Valeu, Vícola!

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Érico, o tema central dessa edição da Virapágina calhou de casar (um pouco) com uma pergunta que eu tava pensando em te fazer: Como você lida com um erro de tradução? (No caso, um erro seu, pois imagino que não é legal comentar erros de colegas de profissão rs).

Essa dúvida me veio enquanto estava lendo um livro acadêmico essa semana. Era um livro com um resumo das principais ideias de um filósofo que estou estudando, mas havia um trecho um pouco confuso, que parecia contradizer as ideias desse filósofo.

Nesse caso, eu consegui encontrar na internet e versão original em inglês e comparei com a tradução da versão física que eu estava lendo e, pimba: realmente, era um pequeno erro de tradução que mudou todo o sentido de uma passagem.

Estou aqui pensando se seria muito petulante da minha parte mandar um e-mail pra editora sinalizando esse pequeno deslize. O livro foi lançado em 2021, de uma editora universitária, não sei se terá uma reedição (Ou se eles mesmos já não perceberam).

Deixando claro que eu compreendo totalmente que erros acontecem, por mais que haja incontáveis revisões, como você bem descreve na newsletter.

Imagino que nesse tempo de carreira que você tem algum deslize deve ter passado aqui e ali, e vida que segue. Mas teve algum, em HQ ou livro, que você acha que pode comprometer o entendimento do leitor e te deixou incomodado? Se sim, como você lidou? Essa possibilidade de algum erro prejudicar a compreensão da obra foi uma das coisas que te incomodou por traduzir "Monica" no escuro?

Enfim, desculpa os rodeios e a pergunta gigante, mas fiquei com vontade de te enviar essa "cartinha" rs Não sei se você já comentou algo do tipo no Twitter ou na coluna do Omelete, mas quem sabe a resposta não pode dar um caldo em alguma edição futura da Virapágina.

Sou um leitor desde a primeira edição e torço para que ela tenha vida longa!

Um grande abraço!

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