059: NÃO PENSO QUE MEUS QUADRINHOS VÃO SER QUADRINHOS – UMA ENTREVISTA COM PACO ROCA
quinze minutos com o senhor roca | garoto-enxaqueca | alex raymond | minha semana | capitalismo | páginas viradas
Perguntei a Paco Roca se ele havia lido a virapágina 022, “Paco Roca, o Will Eisner que deu certo”. Ele pediu muitas desculpas, disse que anda viajando muito e está atrasado na leitura da nius. Bufei de decepção.
Independente desse começo, conversamos sobre o que eu escrevi. Como Paco Roca fez o que Will Eisner não conseguiu: produzir quadrinhos adultos - RUGAS, REGRESSO AO ÉDEN, ACASOS DO DESTINO, O ABISMO DO ESQUECIMENTO, A CASA - que alcançam um grande público, que conversam com seu país, que vendem tanto ou mais que os grandes nomes da literatura. Pela extensão das respostas, acho que ele curtiu.
Não ia ser uma entrevista. Aconteceu que Roca era convidado da Montevideo Cómics e eu também. Uns dias antes do evento, mandei um e-mail a ele explicando a coincidência e pedindo quinze minutos para conversarmos. Eu só queria autógrafos nuns livros, dizer que apertei a mão do Paco Roca, causar inveja nos invejosos. Não usei a palavra “entrevista”.
Recebi a resposta do editor dele, ao qual Roca havia encaminhado meu e-mail com o assunto ”otra entrevista”. Assim, de repente, virou uma entrevista. O editor disse que eu poderia conversar com seu editora algum dia de manhã, no hotel, se ficássemos no mesmo hotel. E ficamos.
Foi no meu último dia em Montevideo que, depois do café da manhã, consegui sentar com Paco Roca, pegar uns autógrafos e, já que ele mesmo tinha proposto, fazer uma entrevista.
Roca estava com cara de quem tinha mais de quinze minutos. Mesmo assim, não abusei. Preparei só duas perguntas. Viraram quatro. A do primeiro parágrafo não conta, porque aquele primeiro parágrafo é mentira.
Conheço um pouco da história da história em quadrinhos na Espanha e costumo fazer alguns paralelos com a história dos quadrinhos no Brasil, inclusive no momento atual. Tenho a impressão de que o senhor conseguiu um feito inédito - com certeza para o Brasil, talvez para todos os países - que é o de criar quadrinhos que não são nem para crianças, nem são underground, nem algo que é pintado como estranho ou excêntrico, fora de lugar em uma livraria. É um quadrinho que se integra ao discurso cultural do país, que é respeitado como a literatura, como o teatro, o cinema, a música. Sinto que os números de vendas e as críticas comprovam tudo isso. E entendo que isso que está acontecendo com suas obras é algo que Will Eisner gostaria de ter feito com as graphics novels. No meu entendimento, ele não conseguiu, e o senhor sim.
[risos do entrevistado]
Queria saber o que o senhor pensa disso e se teria uma noção de como chegou a esse ponto?
Bom, de certa forma, tudo isso se deve ao que entendemos como o conceito de graphic novel ou “romance gráfico”. Ou seja, quando o autor tem liberdade para escolher tanto o tema quanto o tom quanto o formato. E o formato é decisivo para poder desenvolver histórias de maneira mais profunda. Digamos que a indústria convencional dos quadrinhos não permitia dedicar 300 páginas a determinadas histórias, não é? Agora temos essa liberdade, e é ela que nós, autores, usamos.
Eu entendo que os quadrinhos são a minha maneira de refletir sobre os temas que me interessam. Seria a mesma coisa se eu estivesse escrevendo um romance. Quando busca uma ideia do que vou desenhar, não penso que aquilo será um quadrinho. Eu simplesmente busco histórias que me interessam, que acho que podem interessar aos leitores. Não penso que precisam se encaixar em um gênero específico. Procuro a melhor maneira de contar essa história, a partir dos personagens, a partir de um enredo, como se estivesse escrevendo um romance ou fazendo um filme. Tento não ser influenciado pela ideia que muitas pessoas têm do que é um quadrinho.
Quando chego à parte do desenho, já tenho um roteiro feito, que poderia se tornar um filme, quem sabe um romance se eu refinasse mais o estilo. Mas o importante é isso: nunca penso que é um quadrinho. Eu quero contar a história que quero contar, e a minha maneira de fazer isso é com a linguagem dos quadrinhos.
É verdade que eu tive a sorte de fazer o que eu quero e me conectar com um grande público. Em muitos casos, são pessoas na Espanha que nunca tinham lido quadrinhos. Isso, para mim, é muito importante. É claro que chego aos leitores habituais do mundo dos quadrinhos, mas também tenho um público que nunca tinha lido HQ ou que leu na infância e não encontrou nada que os atraísse depois, por vários motivos. Agora, esse público me lê e também lê outros autores. Eles se conectaram a esse novo formato.
Além disso, no meu caso, tive a sorte de, mesmo fazendo o que quero, me tornei comercialmente viável. Para mim, isso é uma grande sorte. Não preciso mudar o meu discurso para me conectar com um grande público. De alguma forma, esse público se conectou com a minha maneira de ver as coisas, de vê-las através do desenho.
Muitas vezes me perguntam, por exemplo, sobre [O ABISMO DO ESQUECIMENTO], se, por ser um quadrinho, eu tive mais dificuldade de alcançar um grande público. Acho que é o inverso. Acho que existem temas que você pode abordar com a seriedade e profundidade de um romance, sim, mas fazer isso através do quadrinho torna essa história mais acessível a um público que, talvez, não a leria de outra maneira. Acho que meus temas se beneficiam do fato de serem contados em quadrinhos. É o que facilita o acesso tanto de jovens quanto de pessoas mais velhas, que dizem: “Ah, olha, um quadrinho, que curioso! Que coisa mais interessante, vou ler um quadrinho sobre esse tema”.
Quando o senhor se decide por um projeto como O ABISMO DO ESQUECIMENTO, também pensa: "Esse é um tema importante para a Espanha? É um tema importante para o público que eu quero que leia meus quadrinhos?” Ou basta ser um tema que o senhor gosta?
Bom, sim, eu também penso um pouco nisso. A verdade é que, para o bem ou para o mal, eu vivo dos quadrinhos. Os quadrinhos e a venda dos quadrinhos são minha fonte de renda. Logicamente, isso te faz pensar se vai vender ou não.
E não sei até que ponto isso influencia o que eu conto, mas cada vez mais eu penso nos meus leitores estrangeiros. Quero dizer: eu sei, mais ou menos, o que pode funcionar na Espanha e sei que o que me parece interessante provavelmente também será interessante para muita gente na Espanha. Mas penso também em como isso será lido fora da Espanha e, às vezes, isso me ajuda. Especialmente quando é uma história tão localizada como poderia ser O ABISMO, que fala da repressão franquista.
Pensar que preciso explicar essa história para um brasileiro, um polonês ou um turco… digamos que isso me distancia um pouco da visão estritamente espanhola – e ficar [no foco espanhol] pode ser um erro com certos temas, porque pode ser que você acabe entrando na política, falando de um partido ou de outro, de coisas que na Espanha são identificáveis. Mas que te levam para um terreno que não era o que eu queria, que não era o que Rodrigo [Terassa], meu colega nesse projeto, e eu queríamos com essa história.
Pensar em como explicar o tema das valas comuns para uma pessoa do Brasil ajuda, em certos assuntos. Sempre penso em como vou ser lido fora da Espanha.
Algum leitor já lhe disse que voltou a ler quadrinhos por sua causa? Tem alguma história para contar nesse sentido?
Bom, existem os leitores que sempre leram e ainda leem quadrinhos. Muitos crescem lendo material infantil, como MORTADELO E SALAMINHO, depois passam aos super-heróis, à BD francesa, ao mangá, ao underground, às graphic novels. Não que seja uma evolução, que tudo seja bom da mesma forma, mas sempre há algo a mais para ler.
Contudo, a maioria das pessoas que me lê, acho eu, não fizeram esse percurso. É possível que nunca tenham lido WATCHMEN, nem TINTIM, nem Moebius, nem nada parecido, mas se interessam pelos temas que eu abordo e porque a linguagem dos quadrinhos é muito acessível. Mesmo sem ter lido antes, elas conseguem apreciar a leitura de um quadrinho.
Tenho muitos leitores que me disseram o segundo: “Eu não lia quadrinhos, de repente li RUGAS - ou outro - e agora leio graphic novels.” Isso é muito comum. Comentários como esses realmente te tocam.
Quando eu estava trabalhando em O ABISMO DO ESQUECIMENTO, participei das exumações de uma vala comum e estava lá um rapaz muito jovem, um voluntário. Ele me disse que estava ali porque tinha lido ACASOS DO DESTINO. Porque tinha sido um quadrinho que o impactou muito, que também trata de memória histórica, e foi a partir dali que ele estudou História e se interessou pelo tema da memória democrática na Espanha.
Isso faz você se sentir ótimo, não é? Pensar que um quadrinho que você fez pode mudar a vida de uma pessoa. É algo que você não imagina enquanto está trabalhando. Mas, quando acontece e te contam… é o ponto máximo a que você pode aspirar.
Produzir um quadrinho como os seus é um trabalho de dois, três anos, quem sabe mais. Já ouvi muitos autores da sua idade, alguns até mais jovens, dizerem que têm planos para mais dois ou três álbuns na vida, que precisam escolher muito bem o projeto que vão fazer. O senhor tem essa preocupação? E qual é o seu plano de carreira daqui para a frente?
Sim, é verdade que produzir um quadrinho é um trabalho muito longo. E eu acho que, até chegar a REGRESSO AO ÉDEN, eu ainda estava fazendo quadrinhos com ideias que havia tido há muitos anos. Eram ideias que eu já queria realizar há muito tempo, e realizei.
Pode-se dizer que tanto REGRESSO AO ÉDEN quanto O ABISMO DO ESQUECIMENTO são quadrinhos que me surgiram depois, como se eu tivesse atualizado minha lista de projetos para o futuro próximo. Mas estamos falando de um futuro próximo mesmo, que vai até 2030, mais ou menos. Ou seja, eu já tenho meu calendário com três quadrinhos mais ou menos planejados.
Tento não me comprometer com outras coisas, porque já tenho essa lista. Tento não pegar muitos trabalhos, porque já tenho essa previsão até 2030, talvez mais. Além disso, sempre entra algo mais, como a divulgação e outras coisas que também tomam tempo. Então, sim, você fica comprometido com muitos anos de antecedência.
Por um lado, é algo que me relaxa, porque sei que tenho ideias para muitos anos. Por outro lado, eu começo a perceber que não vou conseguir fazer tudo que tenho anotado naquele caderno de ideias. E isso me faz pensar muito sobre os projetos nos quais vou me envolver, e evito me meter em qualquer coisa.
Provando que estava disponível por mais de quinze minutos, Roca seguiu falando depois que eu desliguei o gravador. Ele me contou do projeto com a Mulher-Gato que acertou com a DC – em resumo: todas as páginas estão esboçadas, mas a DC demora meses para aprovar qualquer coisa, então o projeto está em ponto morto – e sobre vir ao Brasil.
Ele vem, em 2025 ou em um ano próximo. Ele e seu editor têm planos de visitar um país das Américas por ano e o Brasil está na lista. A viagem deste ano foi um combo Uruguai/Argentina – meu patrão Vinicius encontrou Roca em Buenos Aires uns dias depois – mas as próximas devem ser focadas em um país por vez.
Desde a edição 022 da virapágina, de janeiro, onde deixei meus comentários sobre a edição espanhola de O ABISMO DO ESQUECIMENTO, mais dois quadrinhos de Paco Roca chegaram Brasil: o próprio ABISMO saiu em maio, e o tintinesco O TESOURO DO CISNE NEGRO (com Guillermo Corral) sai no mês que vem. Ambos têm tradução de Jana Bianchi.
A tradução que eu estava chamando de PROJETO TYLENOL foi anunciada. É GAROTO-ENXAQUECA, a coleção dos quadrinhos de Greg Fiering que ficaram mais conhecidos como vinhetas da MTV. Traduzi para a Editora Barbante, que já mostrou a capa e deve começar a pré-venda em breve.
Traduzi o livro em maio, mas esta semana voltei à enxaqueca para escrever o posfácio: entrevistei Greg Fiering para falar dos loucos anos 90, papos com Michael Stipe, o que ele faz da vida hoje e planos para o futuro. Vai ser um material exclusivo da edição brasileira – talvez mega-exclusivo, porque não achei nenhuma outra entrevista com Fiering, e ele mesmo me disse que não gosta de falar de si.
A previsão de lançamento é para o mês que vem.
Outro projeto que está andando a passos velozes é A ESTRANHA MORTE DE ALEX RAYMOND. Dei últimos toques na tradução na semana passada, depois de receber a preparação de
, e o quadrinho foi para letreiramento. A Go!!! Comics publicou no Instagram algumas páginas dessa “História Metafísica do Fotorrealismo nos Quadrinhos”.Ainda tem uns dias para apoiar no Catarse.
Entreguei PROJETO PERU na semana retrasada, depois de mandar a virapágina 057 – a última vez em que falei da minha semana, porque a virapágina 058 foi de descanso.
Entreguei PROJETO OCEANO na semana passada. Entreguei PROJETO BLEFAROTOMIA esta semana. Os três projetos são de quadrinhos. Dois são propriamente graphic novels.
Fui fazer as contas e, só este ano, já traduzi dez destes quadrinhos em forma de livro. Alguns já saíram – SENHOR DAS MOSCAS, MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO 2, ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE –, a maioria ainda não foi anunciada. Tem muita graphic novel boa pra esse ano e início do próximo.
De ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE, adaptação de Bob Al-Greene do livro de Agatha Christie. [amazon]
Depois de uns meses traduzindo só quadrinho e alguns infantis, embarquei em uma tradução mais longa de prosa, trezentas e poucas páginas. Vou chamar de PROJETO BEVERLY HILLS. É não ficção, meu gênero preferido como tradutor. Traduzi 15 capítulos de 60.
Entreguei a revisão da tradução de OS INVISÍVEIS: EDIÇÃO DE LUXO vol. 3, com alguns ajustes na tradução que eu fiz pela primeira vez há dez anos. E comecei a tradução de um projeto mais ou menos relacionado, que vou chamar de PROJETO SOLVE ET. Já fiz 33 páginas. (Não, não é do Grant Morrison.)
Ah, e comecei a tradução de mais uma graphic novel. Já fiz a primeira versão completa, quase 200 páginas. Esse vai ser o PROJETO SATANÁS. (Não, não é mais um volume de LUCIFER do Mike Carey.)
A palestra sobre tradução que fiz naquele colégio em Lajeado, na sexta-feira passada? Foi uma experiência ótima, pelo menos pra mim. Vou escrever a respeito em outro momento.
Também participei da redação de duas edições do 2Q News:
E da pesquisa e redação de três edições de Lançamentos da Semana:
Esse último vídeo foi o mais divertido: deu pra falar do “Akira Yoshida” e dos lançamentos do Frank Miller que ninguém dá bola, entre outras coisas.
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco tempo ou serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
agora, no catarse
A ESTRANHA MORTE DE ALEX RAYMOND, Dave Sim e Carson Grubaugh, go!!! comics
em outubro
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO - LIVRO 2, Emil Ferris, quadrinhos na cia.
KULL: A ERA CLÁSSICA vol. 2, Roy Thomas, Don Glut, Gerry Conway, John Severin, Marie Severin e outros, panini
LOBO OMNIBUS VOL. 1, Keith Giffen, Alan Grant, Val Semeiks, Martin Emond e outros, panini [traduzi um terço do omnibus]
CONAN, O BÁRBARO 5, Jim Zub e Roberto de la Torre, panini
LÚCIFER - EDIÇÃO DE LUXO vol. 4, Mike Carey, Ryan Kelly, P. Craig Russell, Marc Hempel, Ronald Wimberly e outros, panini
OS INVISÍVEIS EDIÇÃO DE LUXO vol. 3, Grant Morrison, Phil Jimenez e vários, panini
ZDM - EDIÇÃO DE LUXO vol. 2, Brian Wood, Kristian Donaldson, Nathan Fox, Riccardo Burchielli, Viktor Kalvachev, panini (traduzi metade das HQs e os extras)
MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO 2 chegou. Ainda está em pré-venda em algumas lojas, mas tenho fotos para provar que existe. Além de traduzir, eu escrevi os textos para orelhas e quarta capa a convite da Quadrinhos na Cia. O letreiramento brasileiro, um trabalho montruoso, foi da Jessica Freiria, como eu detalhei na virapágina 053. [amazon]
em novembro
A VINGANÇA DAS BIBLIOTECAS, Tom Gauld, todavia
GRANT MORRISON E A HISTÓRIA, de Mario Marcello Neto, Felipe Radünz Krüger, Artur Lopes Filho e Márcio dos Santos Rodrigues (orgs.), Dokan Editora - escrevi a introdução
CONAN, O BÁRBARO 6, Jim Zub e Roberto de la Torre, panini
STRANGER THINGS E DUNGEONS & DRAGONS, Jody Houser, Jim Zub, Diego Galindo e Msassyk, panini
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 1, John Arcudi, Max von Fafner, Jim Zub, Patrick Zircher, Robert E. Howard, Roy Thomas, panini
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA vol. 8, James Owsley, Val Semeiks, Geof Isherwood e outros, panini
GAROTO-ENXAQUECA, Greg Fiering, barbante
em dezembro
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 9, Val Semeiks, Michael Higgins, Ron Lim e vários, panini
A ESPADA SELVAGEM DE CONAN 2, Jim Zub, Richard Case, Patrick Zircher, panini
STRANGER THINGS: HOLIDAY SPECIALS, vários autores, panini
vem aí
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
SAPIENS VOL. 3, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
COMIC BOOKS INCORPORATED, Shawna Kidman
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
FEEDING GHOSTS, Tessa Hulls, quadrinhos na cia.
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
+ Adrian Tomine
+ Dan Clowes
+ Shaun Tan
+ Will Eisner
+ Gato Pete
+ Mike Birchall
+ Lore Olympus
+ Conan
+ Projeto Camalote
+ Projeto Fritas
+ Projeto Baleial
+ Projeto Sopa
+ Projeto Dadaab
+ Projeto Tesla
+ Projeto Vesta
+ Projeto Peru
+ Projeto Blefarotomia
+ Projeto Oceano
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
A primeira das quatro páginas de TINTIN AU BRÉSIL, de Bruno Seelig, um quadrinho que ele fez para entrar na mira de alguns advogados belgas e vários advogados brasileiros. Leia aqui, completa, antes que o departamento jurídico descubra.
Um jeito que eu nunca tinha pensado de usar os poderes do Wolverine: Ozempic! Em FLAMER, de Mike Curato. [kindle]
“Existe a narrativa de que, para os autores, é excelente que o seu livro seja proibido, porque isso rende mais vendas e mais atenção para os próprios autores e para as obras. Não foi o caso dos autores com quem conversei.”
Longa reportagem de Gina Gagliano no TCJ sobre a onda de proibição de certos quadrinhos em bibliotecas dos EUA nos últimos anos. É um trabalho coordenado, claro, como também acontece no Brasil. FLAMER, que citei acima, é um dos casos.
De Patrick Horvath em BENEATH THE TREES WHERE NOBODY SEES, minha leitura mais macabra e brilhante desse ano. [kindle]
De Michael Lark, Marc Hempel (arte-final) e Rick Taylor (cores), com roteiro de Grant Morrison, em THE INVISIBLES vol. 2, n. 6 (1997). Quando Ragged Robin viaja do futuro - 2012! - para nossa época.
Estava trabalhando de novo nessas páginas e adoro a cena. Vai sair em OS INVISÍVEIS: EDIÇÃO DE LUXO vol. 3. [amazon]
Meu nome é Érico Assis. Sou jornalista e tradutor. Escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000, traduzo profissionalmente desde 2009. Sou um dos criadores do podcast Notas dos Tradutores, colaboro com o canal de YouTube 2Quadrinhos e com o programa Brasil em Quadrinhos do Ministério das Relações Exteriores. Dou cursos de tradução na LabPub. E escrevo esta nius.
Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 e 2, disponíveis em formato digital e físico na Amazon.
Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
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E que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Excelente entrevista, Érico!
Dos autores mais modernos o Paco Roca é um dos meus preferidos, sendo que Regresso ao Éden é meu quadrinho preferido dele.
Preciso muito ler O Abismo do Esquecimento, tenho a edição espanhola que meus pais me trouxeram de uma viagem mas meu espanhol não é tão bom e tenho medo de ser uma leitura muito truncada e não aproveitar ela do jeito certo, mas vou encarar o desafio logo menos.
Érico, que incrível que você conseguiu conversar com o Paco Roca!
Desde que você escreveu sobre O Abismo do Esquecimento na Virapágina 22 eu quero muito ler esse quadrinho (e outras coisas do Roca).
Tá na lista de compras, esperando o momento oportuno rs
"La democracia se cimentó sobre el olvido" me assombra desde então...
Um grande abraço!