085: A GAROTINHA RUIVA
peanuts, charles schulz e donna mae wold | labpub | dindim | fim
Ele tinha 25 anos. Ela tinha 18. Ele era instrutor de desenho na Art Instruction Inc., a escola de arte por correspondência que funcionava em Minneapolis, revisando os trabalhos que os alunos mandavam pelo correio. Ela tinha acabado de conseguir um emprego no setor de contabilidade da escola. Ele sonhava em ter uma tira nos grandes jornais e estava perto do sonho, pois já publicava a semanal Li’l Folks no jornal da cidade. Ela tinha acabado de terminar o ensino médio.
Ele sempre passava pela mesa dela. Tinha dias em que ela chegava no trabalho e encontrava um desenho dele em cima da mesa, com um “bom dia” ou um daqueles personagens cabeçudos no calendário de mesa.
Ele era o técnico da equipe feminina de softball da firma. Ela não sabia jogar, mas entrou para a equipe porque era uma chance de ficar mais tempo com ele. Ele dava carona para as garotas depois dos treinos. Deixava ela em casa por último.
No primeiro encontro – por iniciativa dele –, eles foram a uma apresentação de patinação artística. Depois, ele lhe deu uma caixinha de música que tocava a valsa “Les Patineurs” (os patinadores). Começaram a sair todas as segundas-feiras depois do expediente. Esconderam o namoro dos colegas da firma.
Eles foram acampar. Eles foram ao cinema e assistiram Meu Maior Amor, com Dana Andrews e Susan Hayward. Ele frequentou a casa dela, onde a mãe - futura sogra, quem sabe? - preparava panquecas à moda escandinava. Ela sugeriu que eles fugissem da cidade e se casassem em segredo. A reação dele: “Eu nunca faria isso com sua mãe.” Mas ele queria, sim, casar-se com ela. No terceiro encontro, ele disse: “Ah, se eu tivesse um anel de brilhantes no meu bolso para te dar agora mesmo…”
Ele era Charles Schulz. Ela era Donna Mae Johnson, uma garota ruiva.
“Eu faria de tudo para aquela garotinha ruiva vir aqui e sentar comigo…”, diz Charlie Brown, sentado no banco do colégio, ao lado da saco com o sanduíche de manteiga de amendoim com banana preparado pela mãe. É a página dominical de Peanuts de 19 de novembro de 1961.
A Garotinha Ruiva não aparece. Vira apenas uma menção passageira, quem sabe a única. Mas há uma nova menção, pouco mais de um ano depois, na dominical de 20 de janeiro de 1963.
“Queria que aquela garotinha ruiva viesse sentar do meu lado. Não seria ótimo se ela chegasse aqui e falasse pra mim: ‘Posso almoçar com você, Charlie Brown?’”
Mas a melancolia do garoto logo toma conta. “Ela não ia gostar de mim… eu sou tão sem graça, tão burro…” Ele termina o almoço sozinho. Aliás, nenhum outro personagem aparece na página daquele dia. “Nunca vão gostar de mim… Não existe hora mais solitária que a hora do almoço!”
E pronto, a Garotinha Ruiva virou personagem de duas tiras. Quer dizer: quase personagem. Ela era citada, mas não aparecia. Não se sabe se foi ali que Schulz decidiu a regra, mas ela valeu daquele momento em diante: a Garotinha Ruiva nunca iria dar as caras em Peanuts. Com uma pequena exceção, que mal chega a ser exceção, trinta e cinco anos depois. Vamos chegar lá.
A primeira menção à Garotinha nas tiras diárias acontece em 12 de novembro de 1963. Charlie Brown repete muito do que já falou nas páginas dominicais e que continuará repetindo nas tiras da semana.
As frases e a situação vão se repetir, com pequenas mudanças, por três décadas. Charlie Brown não vai ter coragem para convidar a Garotinha Ruiva para almoçar nem para dançar, vai amarelar antes de lhe entregar um cartão de Dia de São Valentim, antes mesmo de tocar na campainha da casa da garota. Ela também não vai dar bola para o menino que não toma atitude - até onde se supõe do que a Garotinha pensa, algo a que os leitores nunca vão ter acesso. Em Peanuts, ela não só nunca vai aparecer - ela nunca dirá uma palavra.
Charles e Donna Mae, abril de 1950
Em junho de 1950, Charles Schulz viajou a Nova York para apresentar suas tiras ao United Feature Syndicate. Saiu de lá com o contrato para Peanuts. Enquanto estava na cidade grande, mandou uma carta para Donna: “Se não existe teste melhor do que a ausência, agora tenho mais certeza do que nunca. Passei a noite pensando em você.”
Ele voltou para casa no domingo, 11 de junho. Feliz com seu contrato, decidiu que era a hora mais do que certa para pedir a namorada em casamento. Tarde da noite, chegou na porta de Donna para fazer a proposta.
Ela disse não.
“Não quero me casar com ninguém. Quero que me deixem em paz”, ela respondeu.
Schulz bolou uma estratégia com um dos presentes que havia trazido de viagem, a estatueta de um gato branco. Disse que, quando ela estivesse pronta para dizer “sim”, que deixasse o gato em cima de sua mesa na firma.
Donna recusou o pedido porque estava em dúvida. A dúvida tinha nome: Al Wold, um colega de colégio e de igreja com quem ela saía de vez em quando. Os dois se conheciam desde pequenos e ela se dava muito bem com os amigos de Al; com os de Charles, nem tanto. Al trabalhava numa fábrica e estava preparando-se para ser bombeiro. Era ruivo como ela. Donna estava apaixonada por ele e por Charles.
Al Wold também pediu Donna em casamento. Foi em 1º de julho, algumas semanas depois de Charles. Passaram mais semanas e Donna finalmente foi falar com Schulz. Ela havia escolhido Al.
“Senti que éramos mais compatíveis”, ela diria, décadas depois. Ela e Charles seriam a opção romântica; ela e Al combinavam de um jeito mais natural.
Nas lembranças de décadas depois, ela contou da noite em que deu a notícia a Schulz: “Eu estava em casa, costurando. Fomos nos sentar nos degraus da porta dos fundos. Ficamos bastante tempo ali. Ele foi embora. Eu entrei e comecei a chorar. Trinta minutos depois, ele voltou e disse: ‘Achei que você tinha mudado de ideia, quem sabe.’ Olha, foi por pouco!” Mas ela não tinha mudado de ideia.
Donna Mae Johnson pediu demissão da Art Instruction Inc. e, em 21 de outubro de 1950, virou Donna Mae Wold. No início daquele mesmo mês, Peanuts havia estreado nos jornais.
“Não consigo imaginar uma perda mais devastadora do que ser rejeitado por alguém que você ama tanto”, Schulz diria décadas depois. “Foi um golpe. É um golpe que você sente na alma.”
A Garotinha Ruiva e Charlie Brown estão longe de ser o primeiro caso de amor não correspondido em Peanuts. São bem conhecidos os casos de Schroeder e Lucy, de Sally e Linus, de Linus e a Professora Othmar etc. O descompasso entre pretensos casais é um dos grandes temas da tira.
A Garotinha Ruiva tampouco foi o primeiro amor sem correspondência de Charlie Brown. Em 3 de setembro de 1954, ainda nos primeiros tempos da tira, Charlie Brown está na volta de Violet:
“Você não me ama, né, Violet? Bom, se mudar de ideia, me avise…”
“Eu aviso!”, diz a menina, que segue seu rumo com cara de incomodada.
Um quadro de respiro depois, Charlie Brown vem correndo e grita:
“JÁ MUDOU DE IDEIA?”
É basicamente a cena com Charles Schulz e Donna Mae Johnson no dia em que ela disse não.
Há referências mais óbvias, como a da tira de 15 de maio de 1970. Sally conta: “Um dia, Charlie Brown, você vai conhecer a garota dos seus sonhos.”
Charlie Brown se anima: “Sério?!”
“Claro”, Lucy responde. “E você vai pedir ela em casamento.”
“Que legal…”, Charlie Brown imagina.
“Como assim, ‘legal’? Ela vai dizer não e vai casar com outro! Isso tá lá no topo da minha lista de ‘coisas que você tem que saber pra vida’”.
O amor não-correspondido entre Charles e Donna tornou-se de conhecimento público em 1989 com o lançamento da primeira biografia autorizada de Schulz: Good Grief!, de Rheta Grimsley Johnson. A autora dedicou um capítulo inteiro ao caso que deu origem à Garotinha Ruiva e sedimentou Donna como origem de todas as meninas que confundiam e confundiriam a cabeça de Charlie Brown durante sua existência no papel e tinta. Não adiantou nada a própria Donna se defender, na época: “Ele teve outras namoradas! Eu não fui a única!”
David Michaelis, o segundo biógrafo de Schulz, defende que a garota ruiva da vida real acabou levando a culpa por todas as decepções que moldaram a cabeça do cartunista e serviram de referência para as decepções amorosas de Charlie Brown e companhia. Mas o biógrafo também registra amigos de Schulz dizendo que o cartunista passou anos lamentando-se especificamente por Donna. “A ponto de os amigos sentirem pena de sua esposa”, o biógrafo escreve – Schulz casou-se com Joyce Halverson em abril de 1951, menos de um ano depois da desfeita de Donna.
A outro amigo, segundo o biógrafo, Schulz confessou o seguinte: “O que eu não tirei daquele relacionamento tirei em dinheiro.”
A Garotinha Ruiva tornou-se uma das personagens mais importantes de Peanuts – certamente a mais importante entre as invisíveis (em segundo lugar ficam todos os professores da tira, como a Professora Othmar). Talvez seja a personagem invisível mais importante da história dos quadrinhos.
Sem aparecer, ela misturou-se à trama da tira. Tornou-se um dos motivos da amizade entre Charlie Brown e Linus, que vai até conversar com a Garotinha no lugar do amigo (1963).
Virou motivo para Lucy atazanar Charlie Brown com piadinhas de primeiro de abril…
…o que acabou inspirando a irmã do garoto, Sally, a aplicar a mesma peça no pobre ingênuo (1995)…
A Garotinha Ruiva foi assistir jogos de beisebol e prejudicou ainda mais o desempenho tradicionalmente péssimo do time:
Sua trama inclusive se misturou à trama do amor não correspondido entre Sally e Linus:
A Garotinha Ruiva passou as férias no acampamento vizinho ao de Charlie Brown e Linus. Com isso, acabou se envolvendo num triângulo amoroso da pura incompreensão: Charlie Brown só tem olhos para a Garotinha Ruiva e por isso não percebe como Patty Pimentinha só tem olhos para ele. Na sequência de tiras de junho de 1972, a própria Pimentinha encontra a Ruiva – fora do quadro – e tem um momento de crise que lembra as crises do próprio Charlie Brown: “Eu tenho um narigão e minhas pontas duplas têm pontas duplas e eu sempre vou ser uma esquisita…”
O triângulo amoroso vira quadrângulo amoroso na última e apoteótica sequência de tiras que envolve a Garotinha Ruiva, em maio de 1998. Quase toda a turma vai para um baile, onde Charlie Brown terá chance de convidar a Garotinha Ruiva para dançar. Mas Patty Pimentinha e Marcie também querem dançar com Charlie Brown, e disputam entre si quem vai ter a “sorte”. O garoto apatetado, é óbvio, nem se dá conta do que está acontecendo.
A sequência é apoteótica porque, trinta e sete anos após a primeira menção a sua existência, a Garotinha Ruiva aparece na tira. Ou quase aparece. Na tira de 25 de maio, sua silhueta dança com a silhueta de Snoopy enquanto o beagle está absorto na sua fantasia de que é o Grande Gatsby. Será a única e mísera aparição (ou quase aparição) da Garotinha em toda a história de Peanuts.
Fora das tiras, a Garotinha teria aparições um pouco mais, digamos assim, liberadas. No especial animado O Primeiro Beijo de Charlie Brown, de 1977, ela não só aparece esvoaçando os cabelos cor de laranja como ganha um beijo de Charlie Brown – mesmo que o garoto atinja o ápice do nervosismo. Também descobrimos que ela tem nome: Heather.
Em Feliz Ano Novo, Charlie Brown!, de 1986, Heather volta à cena durante a festa de virada do ano da turma. Charlie Brown está às voltas com a leitura de Guerra e Paz, que precisa resenhar para o colégio, acaba não indo à festa e perde a chance de um beijo na Ruivinha às doze badaladas.
Na época destes especiais, Schulz não era tão envolvido com os roteiros como na época das primeiras animações (apesar de sempre ser creditado como roteirista). A concepção visual da personagem veio de outros desenhistas, não dele. Mesmo que o aval para as aparições da Garotinha Ruiva tenha sido seu, há relatos de que ele se arrependeu da autorização. Seja como for, ele sempre afirmou que o que acontecia nos especiais não valia para a tira. A tira é que era seu campinho, onde ele era o único autor - e, lá, a Garotinha Ruiva não ia aparecer.
Após o falecimento de Schulz, a Garotinha ainda apareceu na animação O Dia dos Namorados do Charlie Brown, de 2002 – onde está de cabelos crespos – e, é claro, na megaprodução Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, o Filme, de 2015.
Em Peanuts: o Filme, aliás, boa parte da trama gira em torno da Garotinha Ruiva. Charlie Brown a conhece assim que ela se muda para a vizinhança e passa o filme tentando impressioná-la. Num roteiro que pode ser interpretado tanto como traição da tira quanto um avanço em relação à tira, Charlie Brown consegue conversar com a Garotinha no ponto climático da trama.
Há duas pequenas curiosidades sobre a personagem no longa-metragem. A primeira é que sua voz veio da atriz mirim Francesca Capaldi, uma ruivinha de cabelos ondulados – embora o diretor Steve Martino garanta que ela foi escolhida pela qualidade da voz e que a cor dos cabelos tenha sido um acaso.
A segunda é que o nome completo da Garotinha Ruiva aparece em uma lista no quadro de avisos do colégio. Qual é seu nome? Heather Wold: uma homenagem tanto aos especiais animados que a batizaram de Heather quanto ao nome de casada de Donna Mae Johnson, a eterna inspiração.
Procurada pela revista Vanity Fair em 2015 – mesmo ano do lançamento de Peanuts: o Filme –, Donna Mae Wold deu uma longa entrevista da sua casa de repouso em Minneapolis, a cidade de onde nunca saiu. Ainda era casada com Al.
Ela contou que leu Peanuts todos os dias de sua vida, mesmo depois do falecimento de Schulz. Reconheceu-se na Garotinha Ruiva à primeira menção, lá nos anos 1960. E encontrou outras referências a seu relacionamento com Charles que só os dois iam entender.
Na página dominical de 13 de junho de 1971, por exemplo, Charlie Brown conta que seu pai saía de carro com uma garota muito bonita e que “sempre que ele a convidava, ele abria a porta para ela, aí ela entrava, ele fechava a porta e dava a volta no carro até o lado do motorista. Só que, antes de ele chegar lá, ela esticava o braço e fechava o trinco da porta dele. E ficava sentada dentro do carro, fazendo caretas pro meu pai… a meu ver, isso que é amor.”
(Patty Pimentinha, depois de ouvir a história: “Às vezes eu fico preocupada com você, Minduim”.)
Era exatamente o que Donna fazia quando eles eram namorados. “Era muito bom saber que ele lembrava de mim”, recordou a senhorinha de 86 anos, décadas depois de ler.
Ela e ele mantiveram contato por toda a vida. Trocaram cartas, visitaram-se, telefonaram-se. Só para ter certeza de que a mensagem estava clara, Schulz chegou a perguntar a Donna: “Você sabe que é você, né?” Estava se referindo à Garotinha Ruiva, é óbvio. David Michaelis sugere que, num encontro em 1972, quando Charles estava se divorciando da primeira esposa, ele tentou reatar com a ex-namorada. Ela diz que não aconteceu nada.
Schulz também lhe disse que nunca iria desenhar a menina para preservar o que ela tinha de precioso. “Assim, todo homem podia pensar na garotinha ruiva da sua vida”, Donna contou à Vanity Fair. “Aquela que conheceu, amou e não pôde ter.”
Quando a relação entre os dois e a inspiração para a personagem virou assunto mundial, na época da primeira biografia de Schulz, Donna recebeu uma enxurrada de cartas de fãs. “Foi um belo período”, disse seu marido, Al, em entrevista ao jornal Star Tribune. “Ela passou algum tempo nos holofotes, mas não muito… Foi bom porque elevou seu astral.”
Donna guardou um pequeno baú com memórias da relação com Schulz: desenhos que ele havia feito para ela nos anos 1940, a caixinha de música que ele lhe deu de presente no primeiro encontro, várias tiras de Peanuts que ela recortou do jornal local. E aquela estatueta de gato com a qual devia sinalizar quando estivesse pronta para aceitar o casamento com ele – que nunca foi usada.
Além disso, houve outras formas de lembrar Schulz: uma das filhas biológicas do casal Wold chama-se Sally. Eles também tiveram vários filhos adotivos, incluindo um Schroeder e uma Lucy.
Donna faleceu em 8 de agosto de 2016. Jornais de todos os EUA voltaram a falar daquela senhora, com matérias que invariavelmente bradavam no título: “Morre a inspiração para a Garotinha Ruiva de Charlie Brown.”
O falecimento aconteceu menos de um ano depois daquele perfil na Vanity Fair, no qual o entrevistador não conseguiu deixar de perguntar: Donna pensou em como teria sido sua vida se tivesse dito “sim” a Charles Schulz?
“É óbvio que eu pensei”, ela respondeu. “Seríamos felizes.”
Estou atolado nos trabalhos, por isso hoje vamos de gaveta. Escrevi este texto para a COLEÇÃO SNOOPY, CHARLIE BROWN & FRIENDS, da editora Planeta DeAgostini. Revisei, mudei algumas coisas e fiz uns acréscimos. Quem acompanha a virapágina sabe que já recorri a esses textos em outras ocasiões…
…e vou recorrer sempre que precisar.
Uma curiosidade: eu fui o curador de alguns volumes da COLEÇÃO SNOOPY, CHARLIE BROWN & FRIENDS. Escolhi temas de edições especiais, focadas em um personagem e, no caso dessas, escolhi todas as tiras da edição. O especial da Garotinha Ruiva não estava no planejamento inicial, mas a editora topou minha sugestão. Topou também minha ideia de capa: um recorte da única aparição da Ruivinha nas tiras - sua silhueta dançando com Snoopy.
Lembro que estamos em ano de comemoração minduística: em 2 de outubro completam-se 50 anos da publicação da primeira tira de Peanuts. Também é um ano de tristeza minduística: no dia 12 de fevereiro, completou-se 25 anos da morte de Charles Schulz e, no dia seguinte, 25 anos da última tira de Peanuts (como eu contei na virapágina 77).
Essa semana fiquei sabendo da pré-venda de THE ESSENTIAL PEANUTS e, em nota completamente à parte, juro, preciso de mais assinantes que colaborem com o valor mensal ou anual da virapágina…
Lembro que estão abertas as inscrições para minha nova turma do CURSO PRÁTICO DE TRADUÇÃO DE LIVROS - INGLÊS-PORTUGUÊS na LabPub.
É minha décima-primeira turma! Cinco anos de curso!
(A foto da minha cara tem mais de cinco anos.)
Começa em 3 de junho. São 10 aulas, sempre nas noites de terça e quinta-feira. E muita prática de tradução, entre uma aula e outra. Mão na massa!
Os links abaixo são de trabalhos meus que foram lançados há pouco tempo ou que serão lançados em breve. Comprar pelos links da Amazon me rende uns caraminguás. Se puder, use os links. As datas podem mudar a qualquer momento e eu não tenho nada a ver com isso.
agora, no catarse:
HAPPY ENDINGS, Lucie Bryon, risco
(você pode apoiar a campanha comprando HAPPY ENDINGS com outras traduções minhas para a Risco, como NOVEMBRO, LADRAS, ÔNIBUS e FICCIONÁRIO)
em abril
RASL, Jeff Smith, todavia
FICCIONÁRIO, Horacio Altuna, risco
LÚCIFER: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 5, Mike Carey, Peter Gross, Ryan Kelly, Colleen Doran, panini
CONAN, O BÁRBARO: A ERA CLÁSSICA VOL. 9, Val Semeiks, Michael Higgins, Ron Lim e outros, panini
STRANGER THINGS: CONTOS DE HAWKINS, Jody Houser, Caio Filipe, Sunando C, Giorgia Gio Sposito, Nil Vendrell, Dan Jackson, Nate Piekos, panini
SONIC VOL. 14: SOBRECARGA, Evan Stanley, Adam Bryce Thomas, Natalie Haines, geektopia
em maio
O UNIVERSO DE SANDMAN: GAROTOS DETETIVES MORTOS, Pornsak Pichetshote, Jeff Stokely, Craif Taillefer, Javier Rodríguez, Miquel Muerto, panini
CONAN, O BÁRBARO 8, Jim Zub e Doug Braithwaite, panini
OS INVISÍVEIS: EDIÇÃO DE LUXO VOL. 4, Grant Morrison e grande companhia, panini (tradução revisada)
SONIC VOL. 15: GUERRA URBANA, Evan Stanley, Adam Bryce Thomas, Natalie Haines, geektopia
em junho
SAPIENS VOL. 3: OS MESTRES DA HISTÓRIA, Yuval Harari, David Vandermeulen e Daniel Casanave, quadrinhos na cia.
em julho
GUERRA EM GAZA, Joe Sacco, quadrinhos na cia.
ainda este ano
ESTÁ TUDO BEM VOL. 2, Mike Birchall, suma
GIBI S.A., Shawna Kidman, veneta
O ESPELHO DOS SONHOS, Paul Kirchner
ÔNIBUS 2, Paul Kirchner
TOTEM, Laura Pérez, nversos
LIMBO, Deb JJ Lee, nversos
vem aí
HOW TO e WHAT IF 2, Randall Munroe, companhia das letras
KRAZY & IGNATZ VOL. 2: 1919-1921, George Herriman, skript
FEEDING GHOSTS, Tessa Hulls, quadrinhos na cia.
mais BONE de Jeff Smith (e amigos), todavia
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ATRAVÉS DO ESPELHO, Lewis Carroll
+ Adrian Tomine, Dan Clowes, Shaun Tan, Will Eisner, James Tynion IV
+ Gato Pete, Lore Olympus, Conan, Kull
etc. etc. etc.
Todas as minhas traduções: ericoassis.com.br
Gostou? Então o que você acha de apoiar a virapágina para ela continuar saindo toda semana?
Custa só R$ 16 por mês ou R$ 160 por ano.
E já ouviu falar dos sorteios para quem colabora com uma assinatura paga? Todo início de mês, uma tradução minha vai para os colaboradores! Teve sorteio na edição 80 e na edição 84.
E mais: com a parceria todavia + virapágina, você pode ganhar um quadrinho da Todavia todo fim de mês. Mais detalhes nessa edição extra.
Você também pode dar uma assinatura virapágina de presente para quem você acha que vai gostar:
Meu nome é Érico Assis. Sou jornalista e tradutor. Escrevo profissionalmente sobre quadrinhos desde 2000, traduzo profissionalmente desde 2009. Sou um dos criadores do podcast Notas dos Tradutores, colaboro com o canal de YouTube 2Quadrinhos e com o programa Brasil em Quadrinhos do Ministério das Relações Exteriores. Dou cursos de tradução na LabPub. E escrevo esta newsletter.
Publiquei dois livros: BALÕES DE PENSAMENTO 1 e 2, disponíveis em formato digital e físico na Amazon.
Tem mais informações no meu website ericoassis.com.br.
Se gostou da edição, por favor, compartilhe. Encaminhe o e-mail ou espalhe o link por aí.
E que você vire ótimas páginas até a semana que vem.
Adoro esses textos seus sobre "Peanuts", Érico! Podia reunir todos em um livro!
Acho que os únicos contatos que tive com Peanuts foram com tiras colocadas em atividades e provas da escola (assim como Mafalda). Independente disso, não consigo expressar o quão encantado e feliz eu fico ao ler esses textos sobre o Schulz, a tira e os personagens. Muito obrigado, Érico!
Reforço o apoio a reuní-los em um livro 🥹